Um debate necessário | As dificuldades deste ano no cumprimento d...

Edição 125

A subida da inflação tem tirado o sono de grande parte dos dirigentes de fundos de pensão, que observam com apreensão a subida dos indicadores que medem a inflação e que servem também para indexar suas metas atuariais. Poucos acham que irão conseguir cumprir as metas neste ano.
Por diversas razões, o cumprimento das metas tem se tornando cada vez mais difícil e a tendência é que continue nessa trajetória de dificuldades daqui para a frente. Embora a taxa de juros ainda esteja alta, é evidente que ela precisará cair em algum momento se o país quiser voltar a crescer, e no momento em que isso ocorrer os fundos de pensão terão que encarar de frente um grande problema: como conseguir rentabilidade elevada, dentro de um nível de risco adequado, para pagar IGP-M + 6%, por exemplo.
Não há dúvida que as fundações terão que elevar seu nível de risco, seja no mercado de renda variável seja em investimentos alternativos de longo prazo, para buscar o cumprimento das metas atuariais. Entretanto, muita gente já questiona a necessidade de se estabelecer um percentual tão alto acima do indexador.
Num ano como o que estamos prestes a fechar, em que tanto a renda fixa quanto a renda variável perderam (a primeira com o episódio da marcação a mercado e a segunda com a queda do valor das ações nas bolsas), cravar 6% acima do IGP-M é uma tarefa hercúlea. Daqui para a frente, a discussão sobre regras mínimas de metas atuariais deve ganhar fôlego, englobando não apenas o percentual exigido além do indexador como o próprio indexador.
O assunto, certamente, é polêmico. Mas talvez esteja na hora de lançar-se uma semente nova nessa discussão, colocando para debate a possibilidade de usar-se não um indexador de inflação como meta atuarial mas um benchmark interno do sistema, como por exemplo um benchmark que refletisse os limites da resolução nº 2.829. Sobre ele, sim, seria colocado o percentual a ser superado!
De qualquer forma, acreditamos que os debates sobre a meta atuarial devem crescer daqui para a frente. Nós, de nossa parte, estamos atentos a ele e esperamos poder contribuir com sugestões nossas e com a divulgação das propostas que venham a surgir em todos os níveis do sistema.

Asubida da inflação tem tirado o sono de grande parte dos 
dirigentes de fundos de pensão, que observam com apreensão a 
subida dos indicadores que medem a inflação e que servem também para indexar suas metas atuariais. Poucos acham que irão conseguir cumprir as metas neste ano.
Por diversas razões, o cumprimento das metas tem se tornando cada vez mais difícil e a tendência é que continue nessa trajetória de dificuldades daqui para a frente. Embora a taxa de juros ainda esteja alta, é evidente que ela precisará cair em algum momento se o país quiser voltar a crescer, e no momento em que isso ocorrer os fundos de pensão terão que encarar de frente um grande problema: como conseguir rentabilidade elevada, dentro de um nível de risco adequado, para pagar IGP-M + 6%, por exemplo.
Não há dúvida que as fundações terão que elevar seu nível de risco, seja no mercado de renda variável seja em investimentos alternativos de longo prazo, para buscar o cumprimento das metas atuariais. Entretanto, muita gente já questiona a necessidade de se estabelecer um percentual tão alto acima do indexador.
Num ano como o que estamos prestes a fechar, em que tanto a renda fixa quanto a renda variável perderam (a primeira com o episódio da marcação a mercado e a segunda com a queda do valor das ações nas bolsas), cravar 6% acima do IGP-M é uma tarefa hercúlea. Daqui para a frente, a discussão sobre regras mínimas de metas atuariais deve ganhar fôlego, englobando não apenas o percentual exigido além do indexador como o próprio indexador.
O assunto, certamente, é polêmico. Mas talvez esteja na hora de lançar-se uma semente nova nessa discussão, colocando para debate a possibilidade de usar-se não um indexador de inflação como meta atuarial mas um benchmark interno do sistema, como por exemplo um benchmark que refletisse os limites da resolução nº 2.829. Sobre ele, sim, seria colocado o percentual a ser superado!
De qualquer forma, acreditamos que os debates sobre a meta atuarial devem crescer daqui para a frente. Nós, de nossa parte, estamos atentos a ele e esperamos poder contribuir com sugestões nossas e com a divulgação das propostas que venham a surgir em todos os níveis do sistema.