Um breve balanço | Fantasma do fim da imunidade tributária e nova...

Edição 110

Esta é nossa última edição de 2001, portanto acho que seria válido fazer, em breves linhas, um pequeno balanço do que foi o ano para nós e o que faremos em 2002. Um balanço que começa com um retrato das coisas que aconteceram no País, de resto já descrito com extrema acuidade pelos componentes da nossa CÚPULA INVESTIDOR INSTITUCIONAL (ver mesa-redonda à página 8), passa pelos acontecimentos da área de administração de recursos de terceiros e termina com os reflexos disso para nós, de Investidor Institucional.
A primeira coisa a ressaltar é que o ano começou repleto de promessas, devido ao otimismo da situação imediatamente anterior, onde o ano de 2000 havia fechado com um PIB em crescimento, taxas de juros em queda, câmbio estável e investimentos externos chegando em volumes elevados. Esses cenários, no entanto, em poucos meses trocaram de sinal e o PIB começou a declinar, o câmbio desestabilizou-se, os juros subiram e os investidores externos sumiram. Assim, em conseqüência disso, muitas projeções da indústria de gestão de recursos de terceiros, na qual incluem-se os fundos de pensão e as empresas de asset, tiveram que ser refeitas, sempre a menor, é claro! Nos últimos dias de dezembro, uma das frases mais comuns entre dirigentes de fundos de pensão era que as instituições não conseguiriam cumprir a meta atuarial, em função da queda dos investimentos.
Além dessa dificuldade em cumprir a meta, o setor foi assombrado o ano todo pelo fantasma do fim da imunidade tributária, que até o fim do ano ainda assustava. Não veio o tão esperado diferimento e, ao contrário, a Receita Federal acabou lançando uma medida provisória (MP 2.222) instituindo a cobrança do imposto na fase de acumulação (ver matéria à página 16). Vieram novas regras para os fundos, novos exigências de controle e transparência, e os fundos tiveram que se adequar.
Para nós, de Investidor Institucional, isso tudo foi matéria prima para várias reportagens, que publicamos ao longo do ano. Continuará sendo! Nosso compromisso de fazer uma revista cada vez mais inserida dentro do setor de fundos de pensão e administração de recursos de terceiros é orgânico e, em função disso, estaremos reformulando algumas seções e criando outras ao longo de 2002. Algumas mudanças virão já na primeira edição do ano próximo. Esperamos que nossos leitores gostem delas.