Edição 145
Pelo segundo ano estamos publicando o ranking Top Broker, com informações importantes sobre o perfil das corretoras de valores no ano de 2003. Abriram seus dados de forma transparente 39 corretoras, que movimentaram nada menos do que R$ 311,37 bilhões dos R$ 408,69 bilhões movimentados pelo setor no ano passado. Ou seja, quase 80% do total, o que dá ao presente ranking uma grande representatividade e funcionalidade.
Mas, ainda queremos mais. Esperamos que no próximo ano 100% das corretoras de valores abram as suas informações, permitindo que seus clientes possam não só conhecer o seu perfil como também compará-lo com o das outras empresas do mercado de capitais. Afinal, do que têm medo aquelas que não informam os seus dados? De quem, senão dos seus clientes, elas estão escondendo informações?
Nesta edição, além do ranking Top Broker, estamos publicando também várias reportagens que terão impacto na vida dos investidores institucionais nos próximos anos. Uma delas, que é nossa reportagem de capa, mostra que cresce entre os fundos de pensão um movimento para mudar a meta atuarial, que hoje na imensa maioria das fundações é de 6% ao ano além do índice referencial. As fundações perceberam que, com a queda dos juros, cumprir a meta de 6% ao ano fica cada vez mais difícil. Apurada e escrita pela dupla Daniele Camba e Patrícia Galindo, a reportagem mostra que um dos entraves à ampliação desse movimento está na elevação do passivo da fundação, por conta de projeções de ganho reduzidas.
Outra ótima reportagem antecipa quais os pontos que deve conter a futura regulamentação dos investimentos dos institutos de estados e municípios. Encaminhada ao Banco Central pelo titular da Secretaria de Previdência Social, Helmut Schwarzer, a proposta tenta abrir um pouco os restritos espaços de investimento dos institutos, hoje restritos a títulos do governo e fundos abertos.
Os institutos almejam há tempos uma regulamentação mais flexível, que permita que eles também colham os frutos de um mercado de investimento mais moderno e com produtos de maior rentabilidade. Depois do BC, a proposta deve seguir para o Conselho Monetário Nacional, para ser votada.