Edição 297
O impacto da taxa de juros no mercado de investimento é algo que, embora estejamos calejados de saber que é imenso, sempre nos surpreende quando ocorre. O clima de otimismo do mercado nesses meses finais de 2017, com a Selic a 7,25%, contrasta de forma brutal com o pessimismo dos últimos meses do ano passado, quando a Selic em dois dígitos ainda mantinha as reservas dos investidores, institucionais e individuais, direcionadas majoritariamente para títulos públicos e poupança.
Na última reunião do Copom, que cortou a Selic em 0,75% para 7,25%, ficou claro aos investidores que, se quiserem obter retornos mais polpudos para suas carteiras, terão que correr mais riscos no mercado. O expectro de produtos de risco tem se sofisticado, novos fundos surgem com operações cada vez mais complexas operando entre as pontas compradas e vendidas, com ações próprias e de terceiros, no Brasil e no exterior, em ativos reais ou índices. Tem risco para todas os gostos e necessidades.
O ranking de fundos publicado nesta edição de Investidor Institucional, usando pela primeira vez as classes Anbima para agrupar os fundos, analisou 719 fundos, dos quais 234 receberam a classificação de Excelentes (cor verde), 267 receberam a classificação de adequados (cor amarela) e 218 receberam a classificação de insuficientes (cor preta). Nas edições anteriores os fundos insuficientes recebiam a cor vermelha, entretanto a pedido de vários gestores, que argumentaram que a cor vermelha tinha uma conotação negativa demais, optamos pelo preto para identificar esses fundos. Boa leitura a todos.