Edição 93
A edição que nesta oportunidade estamos entregando ao nosso leitor reveste-se de especial importância para nós e para o mercado. Para nós, pelo sucesso em que ela se transformou; para o mercado, pela credibilidade que ela ganhou ao longo dos últimos anos, de tal modo que hoje é largamente utilizada pelos investidores institucionais e outros grandes aplicadores na hora de definir planos de investimento. Isso, se por um lado nos envaidece, por outro aumenta a nossa responsabilidade com seu aprimoramento ano a ano.
Acreditamos que estamos conseguindo aperfeiçoar a cada ano o nosso produto. Um dos melhores indicativos disso é o número de instituições que ranqueamos, praticamente a totalidade da indústria de administradores de recursos do país. É por essa razão que podemos afirmar que os valores que levantamos nessa edição são, se não a correspondência exata da indústria, os que mais se aproximam disso. Eventuais diferenças que possam existir, e elas devem existir, seguramente não devem ultrapassar a casa de 1 ou 2 bilhões de reais.
Pelo nosso levantamento, que contou com as respostas de 83 administradores de recursos do país, a indústria administrava nada menos de R$ 389 bilhões ao final do ano passado, o que representou um crescimento de 10,95% em relação ao levantamento que fizemos em meados daquele mesmo ano, quando a indústria tinha R$ 350 bilhões sob gestão.
Bem, os R$ 389 bilhões que a indústria administra representam hoje quase a metade do PIB brasileiro, que anda beirando o R$ 1 trilhão. É, portanto, uma indústria bastante representativa e madura e que deve ser cada vez mais levada em conta pelo governo na hora de tomar decisões que mexem com os nervos dos aplicadores.
Além do levantamento dos recursos administrados pelas assets, esta edição de número 93 de Investidor Institucional traz algumas ótimas reportagens sobre o sistema de previdência complementar. Uma delas é sobre as fundações sob intervenção, que terão suas carteiras terceirizadas para gestão externa. A soma dos valores das carteiras é de R$ 296 milhões, que estão sendo prometidos aos mais de 40 gestores que fazem parte da sua licitação.
Para saber exatamente o que tinha nas carteiras conversamos com algumas fundações e descobrimos que o conteúdo pode não ser muito animador. Algumas tinham papéis de baixíssima liquidez, outras ações que praticamente não tinham negociação em bolsas e até alguns micos descobrimos. Assim, os gestores que ganharem a licitação podem ter surpresas na hora de abrir as carteiras.