Patrocínios em queda | Aumentam na SPC os pedidos de retirada de ...

Edição 94

Aumenta o volume de pedidos de migração de fundos fechados para abertos, notadamente os PGBL, nas instâncias da Secretaria de Previdência Complementar (SPC). Embora o número exato desses pedidos não seja disponível, calcula-se que a maioria dos cerca de 40 pedidos de retirada de patrocínio que dormem nas gavetas da SPC à espera de uma decisão do órgão deverão tomar o caminho dos PGBLs.
Segundo especialistas ouvidos pelo editor Alexandre Sammogini em nossa reportagem de capa, esse número de pedidos seria ainda maior se as patrocinadoras tivessem a compreensão de que a tramitação desses processos seria breve e simples. Essa compreensão, porém, não existe. A certeza das patrocinadoras é que a tramitação dos pedidos será lenta e difícil. As maiores empresas de previdência aberta estão animadas com a possibilidade de captar recursos das ex-fundações, para planos PGBLs, como mostra a citada reportagem à página 20.
Sammogini acompanha há anos o segmento de previdência aberta e ficou impressionado com o rápido crescimento que ele está tendo na área de recursos vindos de ex-fundos de pensão. Os preparativos que essas empresas estão fazendo, em termos de quadro de pessoal, mostra que ainda esperam muito dessa área. “As expectativas das empresas são de um crescimento explosivo”, diz Sammogini com fleuma tipicamente oriental.
Além dessa reportagem, merece destaque a reportagem escrita pela jornalista Valdete de Oliveira, sobre o aumento dos negócios dos escritórios de advocacia voltados à área de previdência privada. Esse aumento vem acontecendo desde os tempos em que as novas regras vinham sendo desenhadas, através do decreto 2.720, quando várias fundações e entidades começaram a bater às portas dos escritórios dos causídicos em busca de soluções para as suas controvérsias com as novas regras.
A posse da nova equipe da SPC, e o ímpeto que imprimiu ao processo de mudanças no sistema, elevou ainda mais o volume de causas para esses escritórios. “Eles devem estar ganhando um bom dinheiro”, pondera Valdete. “Pelo menos, agora estão com um grande movimento”.