Os melhores profissionais na visão dos nossos leitores

Edição 80

Esta edição de Investidor Institucional traz uma lista de 15 profissionais da área de investimentos que foram considerados pelos nossos leitores como os melhores em suas respectivas áreas de atuação. A exemplo do que já fazem uma dezena de outras publicações internacionais, que criam suas próprias listas dos melhores analistas e profissionais de investimentos, Investidor Institucional também está criando a sua. E, pela qualificação do nosso leitor, nossa lista deve se transformar na principal referência do mercado.
Aos que foram eleitos, parabéns. Afinal, foram profissionais que conquistaram, graças à consistência de suas análises e acerto de suas recomendações, o respeito do mercado. E não é pouco, visto que os leitores de Investidor Institucional (os eleitores) representam o que há de mais qualificado no mercado de investimentos. Portanto, aqueles que irão receber em agosto (o dia exato ainda não está definido) o troféu Investidor 2000, merecem realmente nossos parabéns.
Além disso, adiantamos nesta edição a disputa que está começando a se formar em torno da custódia dos investimentos das fundações, por parte dos grandes bancos. Calcula-se, por baixo, que pelo menos metade dos ativos totais das fundações, ou algo em torno de R$ 65 bilhões, podem estar sendo disputados. Além dos bancos tradicionais, que já estão nessa disputa, também o Bradesco anuncia nesta edição sua entrada nesse mercado, além de também contar que irá entrar na disputa dos recursos de clientes private.
No caso da custódia dos investimentos, o que falta é uma regulamentação para essa atividade, conforme relata Alexandre Sammogini em sua reportagem à pág 18. Afinal, ao colocar seus investimentos sob a custódia de uma instituição, o fundo de pensão abre a ela praticamente todas as suas estratégias, assim como as estratégias das várias assets que administram seus recursos. O custodiante passa a ter acesso a um conjunto formidável de estratégias de investimento, tanto de fundações quanto de empresas de assets, inclusive concorrentes daquelas que carregam sua bandeira.
O mesmo problema se coloca em relação às auditorias de investimento, figura criada pela Resolução nº 2.720, que assim como a atividade da custódia centralizada passam a ser uma exigência a partir de maio de 2001. Alguém já pensou no volume de informações estratégicas que essas auditorias de investimento passam a concentrar, analisando investimentos de dezenas de diferentes fundações, sem estarem sujeitas a nenhuma regulamentação?
Bem, tanto em torno das atividades de auditoria quanto de custódia é preciso que se crie uma legislação específica, que as sujeite a regras próprias de funcionamento, incluindo as regras mínimas de confidencialidade. E estabelecendo as penalidades àquelas que quebrarem essas regras. Se isso não acontecer com urgência, é difícil imaginar alguém abrindo à elas todas suas informações.