A falta de fôlego do Ibovespa é tema que tem sido abordado com frequência nos últimos tempos pelos gestores de recursos, em conversas reservadas entre eles ou com seus clientes institucionais. De alguns anos para cá, desde quando os institucionais começaram a acompanhar com mais atenção a evolução dos indicadores das bolsas estrangeiras, começou a ficar claro que o Ibovespa estava se descolando negativamente e sem explicações satisfatórias dos outros indicadores mundiais. O peso injusto de algumas empresas na sua composição tornou-se, aos poucos, insuportável e levou muitos investidores a adotar outros benchmarks, inclusive ETFs, para buscar proteger suas carteiras. Em duas reportagens desta edição, publicadas nas páginas 24 e 44, tratamos deste assunto. Em uma delas o superintendente da
BM&FBovespa, Edemir Pinto, diz que uma nova composição para o índice está sendo estudada e deve ser apresentada ao mercado até o final de setembro. Para os institucionais, é um assunto de vital importância.
Ainda nesta edição, a partir da página 16 publicamos um extenso material sobre os temas do 34º Congresso da Abrapp, que acontece entre 9 e 11 de setembro em Florianópolis (SC). E durante o Congresso, do qual a revista Investidor Institucional participa há 18 anos, conversaremos com dirigentes do setor e gestores de recursos para saber novidades e tendências, as quais publicaremos na Agência InvestidorOnline, nosso serviço de notícias diárias que começou a funcionar em 1º de setembro, e na próxima edição da revista. Aguardem.
Esta edição traz também três reportagens sobre mudanças ocorridas em gestoras de recursos. Duas delas foram fusões, uma resultando no relançamento da marca Bozano, de Júlio Bozano, e outra na união das pequenas Behavior e Ada Investments. A terceira mudança não tem nada a ver com as duas situações anteriores, mostra os novos rumos da BNP Paribas após a saída de um nome de peso, como o de Marcelo Giufrida, da sua direção. Mas ao invés de encolher, a gestora partiu para o ataque, trazendo de volta alguns nomes de peso que haviam saído meses antes, e contratando novos talentos. Dessa forma prepara-se, conforme diz seu novo presidente, Luiz Carlos Sorge, para os desafios de um mercado que começa a exigir dos gestores cada vez mais especialização e sofisticação.