Esta edição de Investidor Institucional, que traz o ranking Top Asset, foi enviada à gráfica no dia 8 de outubro, um dia após a abertura das urnas que levaram ao 2º turno eleitoral os candidatos Jair Bolsonaro, do PSL, e Fernando Haddad, do PT. O desempenho do candidato do PSL surpreendeu a todos, não só pelo número de votos que conseguiu para si mesmo, que quase permitiu sua eleição em 1º turno, mas também pela sua efetividade como puxador de votos a candidatos a governadores, senadores e deputados do seu e de outros partidos aliados. A bancada que conseguiu formar, somando os eleitos pelo seu partido e por outros que buscaram sua sombra para crescer junto aos eleitores, pode lhe garantir, caso saia vitorioso do 2º turno, base parlamentar para aprovar as medidas que governos anteriores tentaram e não conseguiram.
Entre essas medidas estaria a reforma da previdência, talvez até mesmo durante o final do mandato do presidente Michel Temer. Além dela, poderiam vir a reforma tributária, com simplificações do sistema de impostos, a reforma política, com redução do número de partidos, e a reforma do sistema de segurança, com unificação das polícias. De quebra, também poderia vir a venda de estatais, que permitiria melhorar o equilíbrio das contas públicas.
Tudo isso é música para os ouvidos do mercado, que reagiu com entusiasmo à sua condução ao 2º turno eleitoral, com 46% dos votos válidos contra os 29% do seu oponente, Fernando Haddad, do PT. O Ibovespa subiu 4,57% na segunda-feira após a abertura das urnas, para 86.083 pontos, e o dólar recuou 2,31%, vendido a R$ 3,76, o mais baixo valor de fechamento em dois meses.
As perspectivas para seu oponente, Fernando Haddad, não são nada otimistas. Para vencer ele precisará conquistar a totalidade dos votos de Ciro Gomes e de Geraldo Alckmin, o que não parece tarefa fácil, e converter alguns bolsonaristas em petistas, o que parece pouco provável. Mas há que se esperar para ver.
A se confirmar a tendência de crescimento de Bolsonaro nas três semanas que separam o 1º do 2º turno eleitoral, o mercado de ativos de mais risco deve iniciar uma rali nos próximos meses. Muitos já falam do Ibovespa a 110/120 mil pontos em 2019.