Edição 148
Ofechamento de uma edição como esta, de ranking, é sempre uma grande correria. Assim que a lista dos fundos analisados e classificados pela consultoria Risk Office chega à nossa redação, com suas características cores verde, amarela e vermelha nos sinais dos fundos, começa o nosso trabalho de reportagem. Identificadas as assets que conseguiram cravar o maior número de fundos excelentes, partimos para as entrevistas com os melhores gestores para ouvir deles a explicação sobre a estratégia que está por trás dos seus excelentes desempenhos.
Nesta edição, dividem o primeiro lugar com sete fundos excelentes cada as assets do Itaú, Santander e Unibanco. Em segundo lugar, com cinco fundos excelentes cada, estão o BNP Paribas e o Bradesco. Em terceiro lugar, com quatro fundos excelentes, está o banco Santos.
Nos 12 meses encerrados em 30 de junho último, período analisado pela pesquisa da Risk Office, muita coisa aconteceu. Em contraste com o que ocorreu no último trimestre do ano passado, quando tudo parecia andar às mil maravilhas por causa da queda das taxas de juros e da aprovação das reformas fiscal e da previdência, o primeiro semestre deste ano foi terrível. O caso Waldomiro Diniz atingiu em cheio o prestígio do núcleo central do governo e desestabilizou o mercado financeiro, com reflexos diretos nos resultados dos investimentos.
“Não foi fácil ganhar dinheiro neste primeiro semestre, tudo esteve muito volátil. Em comparação com o mesmo período do ano passado, este ano foi bem mais difícil. Poucos conseguiram ficar acima do CDI em 2004”, afirma o diretor e sócio da Risk Office, Fernando Lovisotto.
Exatamente por isso os investidores estão buscando, cada vez com mais freqüência, fundos especialistas que possuam baixa correlação com seus investimentos tradicionais. Eles querem diversificar, ter uma parte de seus ativos atrelados a outros benchmarks.
Atentas a isso, as assets estão respondendo rápido. Uma prova disso é o lançamento do fundo Alpha, pela Fator Adm. de Recursos. O Alpha introduz um novo conceito, de usar um índice como trava para garantir a rentabilidade de um fundo de ações tanto na alta quanto na baixa da Bolsa.
Acreditamos que mais fundos desse tipo, sem ter necessariamente as mesmas características mas buscando oferecer ao investidor outras correlações de rentabilidade, surgirão nos próximos meses. O mercado está comprador para eles.