Momento é de otimismo

Edição 151

O 25º Congresso da Abrapp, que acontece entre os dias 27 e 29 de outubro em Fortaleza (CE), marca um dos momentos mais otimistas do sistema de previdência complementar dos últimos anos. A rigor, talvez nenhum outro congresso anterior da entidade tenha sido realizado num clima de tanto otimismo e tanta expectativa.
Contribuem para isso tanto as questões próprias do sistema (criação do fundo de instituidor, maior clareza de regras e diferimento tributário, entre outras) quanto a conjuntura nacional, que nos últimos meses tem mostrado claramente sinais de retomada do crescimento econômico e do nível de emprego. Essa conjuntura nacional favorável deve resultar, no horizonte de mais alguns meses, na criação de novos fundos, principalmente multipatrocinados e instituídos, e no crescimento do número de participantes dos fundos já existentes, especialmente se os novos empregos chegarem às camadas de renda mais alta.
Aliás, a perspectiva de crescimento dos fundos instituídos é um capítulo a parte. Embora eles ainda estejam dando os primeiros passos, quem acompanha de perto o sistema sabe que esses são passos sólidos e que vão levar a uma nova força no sistema. Economistas, administradores, advogados, médicos, policiais e metalúrgicos, entre outros, já estão entre as categorias que estão construindo seus fundos instituídos.
O 25º Congresso será também o palco da definição da chapa que irá disputar a eleição da entidade no final do ano. Possivelmente sem oposição, pelo que se vê até agora, o atual presidente, Fernando Pimentel, deverá liderar uma chapa de consenso. Caberá a essa chapa empolgar os dirigentes dos fundos para levá-los ao voto, o que não será tarefa fácil pela ausência de entusiasmo que se nota, como comentamos em quadro da página 40.
Mas nem só de Congresso vive esta edição. Em reportagem da página 45 contamos como o Bradesco conseguiu conquistar a custódia da Petros, num volume de R$ 23 bilhões. Num movimento rápido, o maior banco privado brasileiro conseguiu abocanhar a maior conta de custódia do País, saltando dessa forma para o terceiro lugar no ranking da Anbid, atrás apenas do Itaú e do BB.
Acreditamos que a briga pela custódia qualificada das fundações vai voltar, agora que está se dando uma retomada nas taxas – ver nossa edição anterior, a de número 150. A mudança na Petros indica para essa direção.