Edição 302
Esta edição de Investidor Institucional traz o ranking Top Asset, que publicamos em sua 41ª edição, com a nada surpreendente posição da BB DTVM em primeiro lugar. Já a Bram em segundo lugar, superando a Itaú Asset que há anos ocupava essa posição e passou para o terceiro lugar, surpreendeu. E a diferença entre as duas maiores assets privadas não é irrisória, é de nada menos que R$ 44 bilhões.
Uma das tendências que parece se consolidar, segundo relatos das fontes que nossos repórteres entrevistaram para as matérias dessa edição do Top Asset, é de gradativamente os investidores colocarem mais risco em suas carteiras, reduzindo aos poucos as posições em renda fixa. Isso, principalmente, por conta da queda das taxas Selic, que tornaram os investimentos em títulos públicos muito insípidos para o gosto dos brasileiros. Se isso é verdade no caso de pessoas físicas, sem metas de rentabilidade a cumprir, no caso dos investidores institucionais, que precisam bater metas atuariais elevadas, então nem se fala. É de se prever, neste ano, uma demanda mais aquecida por fundos multimercado e renda variável, além de investimentos estruturados, para ajudarem a alcançar essas metas.
Além do ranking Top Asset, essa edição de Investidor Institucional traz também uma reportagem do repórter Lucas Bombana sobre a decisão da BB DTVM de vender parte de suas ações do Facebook depois que a rede social admitiu que informações privadas de quase 90 milhões de usuários foram usadas indevidamente pela empresa Cambridge Analytica, que a partir dessas informações influenciou os resultados das eleições americanas e da votação que colocou a Inglaterra fora do Mercado Comum Europeu. A BB DTVM tinha ações da Facebook em seu fundo de BDRs, e primeiro vendeu 50% das suas posições e depois mais 30%. No total, vendeu 80% da posição. Muitos gestores ao redor do mundo, temendo uma derrocada no preço das ações da empresa, também venderam Facebook.