Edição 274
Esta edição de Investidor Institucional estava sendo fechada quando a agência Standard and Poor’s (S&P) anunciou, no dia 9 de setembro, o rebaixamento da nota de rating do Brasil de “BBB-“ para “BB+” com perspectiva negativa. O rebaixamento ocorre menos de dois meses após a agência ter mudado para negativa a perspectiva da nota brasileira. Na explicação de motivos, a agência norte-americana cita a deterioração fiscal e a falta de coesão da equipe ministerial como causas da decisão de rebaixar a nota brasileira.
O País conviveu perto de uma década com o grau de investimento, uma chancela dada pelos mercados financeiros de que tínhamos uma política fiscal e econômica sólidas, confiáveis aos institucionais do mundo todo de modo a que carreassem para cá seus recursos. E eles fizeram isso, em grande estilo e volume diga-se de passagem. Nas últimas semanas, porém, como que antecipando-se à decisão da S&P, muitos deles começaram a sacar daqui seus recursos. A subida do dólar para patamares ao redor de R$ 3,90 nos dias anteriores à decisão da S&P é indicativo de que os institucionais globais estavam fazendo o movimento inverso ao de uma década atrás e remetendo seus recursos de volta aos locais de origem ou transferindo para outros países emergentes.
Embora fosse já esperado pelo setor financeiro, o rebaixamento do rating não deixará de ter reflexos graves na política fiscal e econômica do País. A base de apoio do governo, em eterno conflito interno, terá que se entender para propor uma política mais assertiva e condizente com a perspectiva de não perder o apoio das outras agências de risco e, no médio prazo, recuperar o investment grade também da S&P. Ou isso ou a situação poderá deteriorar ainda mais.
Nesta edição trazemos o ranking dos Melhores Fundos para Institucionais, produzido em parceria com a consultoria Luz Soluções Financeiras. Foram 747 fundos analisados, dos quais 180 receberam a cor verde, qualificando-se como Excelentes. O gestor com o mais número de fundos verdes nessa safra de 12 meses foi o Itaú, com 27 fundos Excelentes, seguido do Santander, com 14, e da Bram, com 13. Parabéns aos três, assim como a todos os outros cujos fundos foram classificados como Excelentes.