Edição 353
A decisão do Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá à favor de oito fundos de pensão que reivindicavam o direito de exercer a “put” de saída prevista no contrato dos Fundos de Participações (FIPs) Melbourne e Malbec, contra a Cemig GT que tinha esses fundos como parte de sua estrutura de investimentos na usina hidrelétrica de Santo Antônio, representa um importante marco para o sistema de previdência complementar fechado. Segundo palavras de Fernando Pimentel, presidente da Fundação Atlântico, a que tem o maior valor a receber da Cemig, “a sentença da câmara arbitral apenas reconhece um direito das entidades que estava previsto em contrato”.
O desembolso da Cemig somava R$ 653,9 milhões no início de fevereiro, com correção de IPCA + 7%, conforme o contrato estabelecido com as fundações em 2014. Como o valor só deve chegar ao caixa das fundações em meados deste ano, até lá sobre esse valor continua correndo a correção prevista em contrato. Os detalhes dessa operação estão em reportagem à página 27.
Esta edição de Investidor Institucional traz ainda o especial sobre investimentos no exterior, mostrando como essa classe de investimentos vem sendo penalizada pelos cotistas por causa de sua rentabilidade instável. Contribuíram para isso, entre outras coisas, a instabilidade do cenário global, com juros em alta nos Estados Unidos e Europa para tentar conter uma inflação crescente naquelas latitudes. O tamanho da recessão nesses mercados externos ainda é um ponto sobre os quais os analistas não possuem consenso, mas todos concordam que algum grau de baixo crescimento está contratado. Ver matérias sobre esses temas nas páginas 12, 16 e 20.
Investidor Institucional também entrevistou para esta edição a economista Luciana Acioly, funcionária do IPEA mas atuando como assessora econômica do Congresso. Ela defende um maior protagonismo no Brasil no arranjo econômico global, e diz que nunca as condições foram tão favoráveis ao Brasil para exercer um papel importante na redefinição das cadeias de suprimentos globais. O foco do País, segundo ela, é conseguir impor sua agenda de reindustrialização do País. Ver entrevista à página 8.