Edilção 354
Em entrevista à esta publicação o superintendente da Previc, Ricardo Pena, admitiu de uma forma muito sincera que em suas duas primeiras passagens pelo comando do órgão de fiscalização dos fundos de pensão (na SPC a partir de 2006 e já na Previc a partir de 2008), tinha uma visão um pouco burocrática da função, sem nunca ter sido um dirigente do setor ou um participante de plano. Essas duas experiências ele só teve a partir de 2012, quando foi criada a Funpresp-Exe e ele aderiu ao plano de previdência complementar dos servidores e, na sequência, foi convidado para ser o primeiro presidente da entidade, cargo que exerceu por dois mandatos (oito anos) até 2021.
É com a experiência de ser um participante e já ter sido um dirigente de fundo de pensão que ele admite que “realmente há um excesso de instruções, de normas, de exigências, de formalidades” e adianta que “a gente vai tomar algumas ações no sentido de reduzir esses normativos”. Ele sabe a importância de diminuir aquilo que o diretor da 4UM Investimentos, Luciano Magalhães, em entrevista à Investidor Institucional em dezembro de 2020 chamou de “enxurrada de instruções normativas”.
Mas além de diminuir e simplificar as normas ele também pretende revogar algumas Instruções Normativas que considera descabidas, como a que estabelece a necessidade do plano previdenciário fazer provisionamento para risco de crédito, como se fosse um banco. Ele disse isso na entrevista que publicamos à página 50 desta edição. Segundo ele, a decisão de revogar essa instrução já foi tomada e está sendo preparada pela área técnica.
Além da entrevista com Ricardo Pena, esta edição tem uma matéria sobre a separação da Itajubá das empresas que adquiriu durante os últimos anos, a Gama e a HMC Capital. Carlos Garcia, da Itabujá, fica com os contratos com os gestores locais e seus agora ex-sócios, Bernardo Queima e Leonardo Camozzato, ficam com os contratos com os gestores globais. Mas as duas partes podem fazer novos contratos, tanto Itajubá com gestores globais, quanto Gama e HMC Capital com gestores locais. E ambos adiantam que estão em tratativas nesse sentido (ver pág. 54).
Esta edição tem também o ranking dos Melhores Fundos, com 783 fundos analisados pela empresa ComDinheiro, dos quais 256 foram classificados como Excelentes, 266 como Adequados e 261 como Insuficientes. Veja o ranking a partir da pág. 12.