Edição discute crédito e marcação à mercado

Edição 368

O especial temático desta edição, que aborda o segmento de crédito privado, ouviu os principais gestores de recursos e também os fundos de pensão que alocam nessa classe de ativos para tentar entender quais são as perspectivas para os próximos meses. A maioria deles avalia que as respostas dependem da evolução dos cenários macro, tanto local quanto internacional.
Atualmente o crédito privado tem um peso relevante na carteira de algumas fundações. No caso específico da Fundação Promon, ouvida para esta reportagem, está em 20% do portfólio total mas já foi 25% no ano passado. No caso da Prevcom-SP, a participação está subindo, passando de 10% para 15%, segundo a diretora de investimentos, Francis Nascimento. Investidor Institucional pretende acompanhar essas movimentações no segmento das EFPCs.
Além do especial de crédito privado, esta edição traz entrevista ping-pong com o ex-superintendente da Previc, José Roberto Ferreira, que analisa as tentativas do Ministério da Fazenda de impor à previdência complementar fechada uma regra de marcação a mercado dos passivos dos planos. Segundo Ferreira, isso é um erro, derivado de um erro anterior que é a marcação a mercado dos ativos.
“É um equívoco conceitual. Para corrigir a falha na marcação a mercado do ativo, que precifica a preço do dia ativos de longo prazo que não vão ser vendidos, adota-se a tese da marcação a mercado também do passivo, precificando a preço do dia a mesma taxa de juros que é utilizada na avaliação atuarial, independentemente da carteira. Quer dizer, se você está errando na marcação do ativo então você erra também na marcação do passivo para que os dois erros se anulem”, diz.
Essa edição também traz duas reportagens contando sobre as movimentações dos portfólios dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Tanto o Iperon, que é o RPPS de Rondônia, quanto o Iprecom-SC, RPPS de Concórdia (SC), estão traçando planos para elevar a participação de ativos de risco nas suas carteiras, incluindo renda variável e estruturados.