Consolidação de consultorias

Edição 284

O mercado de consultorias de risco e atuarial está entrando numa fase de consolidações, como mostra reportagem escrita pelo editor desta revista, Alexandre Sammogini, à página 76. Esse mercado reúne várias empresas globais, além de competentes empresas nacionais, que entretanto convivem hoje com uma realidade de pouco crescimento do seu principal cliente, o segmento da previdência complementar fechada. Outrora dinâmico e de aceleração rápida, esse segmento entrou nos últimos anos numa fase de crescimento baixo, em que não são criadas novas fundações para compensar o declínio daquelas mais antigas que passam a pagar mais benefícios do que receber contribuições.
Os motivos desse baixo crescimento vêm sendo apontados há anos pelas principais lideranças do setor, e vão desde um certo engessamento das regras para as patrocinadoras de planos fechados, que afastam novos pretendentes ao patrocínio, até um tratamento diferenciado, para melhor, às empresas que optam por criar planos de previdência complementar aberta. Reportagem desta revista, que foi capa da edição passada, mostrou a Brasilprev superando a Previ em volume de reservas.
Para continuar crescendo, as consultorias de maior porte estão comprando as menores. É o que acontece na compra da Gama pela Mercer e da Consult Mais pela Lockton. O crescimento desse setor, que era orgânico, passou a ser por consolidação. No próximo período devemos ver novas evoluções dessa tendência.
Como tradicionalmente fazemos há 18 anos, trazemos nesta edição de Investidor Institucional o ranking Top Asset, em sua 36º edição, refletindo a posição das assets no dia 30 de junho último. Em relação ao ranking anterior, com posições de 31 de dezembro do ano passado, o volume de recursos sob gestão cresceu 4,76%. Em relação à 12 meses, o crescimento foi de 7,53%. Esse crescimento de 6 e de 12 meses, entretanto, é um retrato da média dos segmentos. Isolando-se apenas o segmento de fundos de pensão temos um crescimento de 4,54% e 3,84%, respectivamente em 6 e em 12 meses. Já quando se isola o segmento da previdência aberta o crescimento é de 11,35% e 23,87%, para 6 meses e para 12 meses. Aliás o segmento da previdência aberta foi o que mais cresceu em 6 e em 12 meses no Top Asset.