Edição 135
A aprovação pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar de novas regras para os fundos de instituidor era o passo que faltava para que esse tipo de plano previdenciário pudesse deslanchar. Acreditamos que agora, com a possibilidade de aportes, regulares ou não, por parte dos empregadores, os fundos de instituidor podem tornar-se muito mais atrativos para os participantes.
O trabalho que a Secretaria de Previdência Complementar vem fazendo, no sentido de difundir esse tipo de plano junto a sindicatos e entidades de classe, mostra que o governo aposta nessa direção. Não seria nenhuma surpresa se o governo lançasse uma campanha de massa para incentivar as pessoas a ingressarem nesses fundos, os quais devem começar a ser criados a partir das mudanças das regras ocorridas na reunião do Conselho de Gestão da Previdência Complementar .
Além da permissão para que os empregadores também aportem recursos aos fundos, o Conselho também eliminou uma restrição que existia a que as fundações de empresas públicas federais administrassem recursos desses fundos. Sem as amarras antigas, várias fundações de empresas públicas federais já se movimentam com esse objetivo, como a Previ, Petros e Funcef (ver reportagem à pág. 20).
Nesta edição, temos também uma interessante reportagem mostrando como o movimento de consolidação das assets, que reduziu o número de empresas e de postos de trabalho no setor, está resultando no surgimento de novas assets independentes. Da compra do JP Morgan pelo Bradesco, no começo do ano, estão saindo três empresas que vão disputar o mercado de gestão de recursos.
Não são empresas iguais, nem vão operar de forma semelhante. Elas são diferentes em propostas, estrutura e foco de mercado. Mas, em comum, tem o fato de terem se originado, as três, de profissionais que saíram do JP Morgan (ver reportagem à pág. 28).
Em outra reportagem desta edição mostramos como a Funcef, uma dos maiores fundos de pensão do país, está administrando o ingresso de 2.200 novos participantes, que trarão um volume de recursos da ordem de R$ 586 milhões. São os ex-funcionários do BNH, que participavam da Prevhab, tinham ido para a Sasse e agora aportam na Funcef (ver reportagem à pág. 24).