Edição 286
A aprovação pelo Congresso Nacional, na data de 10 de outubro, da PEC dos gastos públicos, sinaliza uma retomada do protagonismo político pelo governo federal, protagonismo esse que esteve completamente ausente do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Quer seja por erros cometidos por ela própria, quer seja pelas pautas-bombas armadas pela oposição durante o seu curto segundo mandato, ou mais provavelmente por uma combinação de ambas, a verdade é que a ex-presidente nunca conseguiu impor um ritmo próprio ao governo desde o dia em que foi empossada pela segunda vez.
O presidente Michel Temer, ao jogar todas as fichas para conseguir extrair do Congresso Nacional uma vitória expressiva, aprovando a PEC dos gastos públicos por 366 votos a favor contra 111 contra, mostrou uma percepção do jogo político superior à que a ex-presidente tinha. Ele entendeu que essa expressiva vitória tornaria sócios do seu governo os que votaram pela limitação dos gastos públicos, os quais por coerência não poderiam aprovar essa PEC e recusar-se a aprovar a reforma da previdência e por prudência não iriam ficar contra um governo que consegue vitórias tão expressivas. Ao terem dado o primeiro “sim”, portanto, ficaram comprometidos com novos “sims” daqui para a frente.
É isso que o mercado comemora na vitória da PEC dos gastos públicos, o início de um processo de reformas que parece ter uma coordenação e um ritmo definido no Palácio do Planalto e um apoio no Congresso Nacional. Se será mais lento ou mais arrastado não se sabe, mas com certeza torna mais previsível o ambiente de negócios. Se não houver fatos inesperados, as reformas devem finalmente andar.
Esta edição de Investidor Institucional traz o ranking dos Melhores Fundos para Institucionais, no qual foram analisados 710 fundos, dos quais 202 foram classificados como Excelentes, 171 como Adequados e 337 como insuficientes segundo a avaliação da Luz Soluções Financeiras. O gestor com o maior número de fundos Excelentes foi o Itaú, com 28, seguido pela Bram com 23 e pela BB DTVM com 19.
Esta edição de Investidor Institucional traz também uma reportagem especial sobre a utilização dos seguros D&O pelo mercado. Segundo ao reportagem da nossa colaboradora Rejane Tamoto, a demanda por essas coberturas cresce em decorrência do aumento do risco com operações da Polícia Federal e dos órgãos reguladores como a Previc.