A opção pelo risco e a solvência

Luis Leonel

Edição 247

A edição dos “Melhores Fundos para Institucionais”, com o ranking elaborado pela Luz Engenharia Financeira, dá um retrato fiel e acabado do desempenho no ano passado dos gestores que operam no mercado de clientes institucionais.

Neste ranking foram analisados 660 fundos de investimento, segmentados em 19 categorias, entre os quais foram escolhidos 214 Excelentes. Eles são apresentados na edição com um pequeno círculo na cor verde antes do nome.

A BRAM – Bradesco Asset Management, ficou em primeiro lugar no ranking dos Melhores, com 14 fundos verdes. A seguir, com 12 fundos verdes cada, posicionaram-se o Santander e o HSBC. Em terceiro, com 9 verdes, veio a Caixa. Em quarto, com 7 fundos verdes cada, vieram o Itaú e o BNP Paribas, e em quinto, com 6 fundos verdes cada, ficaram a BB DTVM, o Votorantim, o Icatu e o Daycoval.

Além do especial dos “Melhores Fundos”, esta edição de Investidor Institucional traz uma entrevista com o pesquisador da Universidade de Harvard, Larry Beeferman, na qual ele diz algumas verdades duras mas importantes de se ouvir. Diz com todas as letras que o sistema de fundos de pensão dos Estados Unidos atravessa um de seus piores momentos e que para trazer a solvência de volta para alguns planos não basta eleger investimentos alternativos, ou outras classes de investimento de maior risco, que prometem ganhar da meta atuarial. Mesmo se isso acontecer, diz ele, para muitos é tarde, eles terão mesmo que mexer em suas estruturas de benefícios. Segundo Beeferman, os planos BD (Benefício Definido) estão cada vez mais com os dias contados, as empresas estão optando cada vez mais por CD ao contratar novos planos.

Esta edição traz ainda uma pequena reportagem contando que a Sistel apresentou na última reunião do Conselho Deliberativo da Abrapp uma proposta de mudança das regras eleitorais, dando às fundações maiores um voto com maior peso eleitoral. A justificativa é que é injusto fundações que contribuem com a maior parcela de recursos para sustentar a entidade e representam uma centena de milhares de participantes tenham o mesmo peso de fundações que representam menos de um milhar de participantes. A discussão é interessante, promete ganhar corpo nos próximos meses.