Edição 20
A informação de que vários fundos de pensão estão transformando déficits crônicos em superávits atuariais, através do resultado de investimentos bem sucedidos, é uma prova de que o setor está se tornando cada dia mais sofisticado na administração dos seus recursos. Um deles, o Regius, está conseguindo inclusive suspender as contribuições da patrocinadora e dos participantes por contra do superávit obtido em 96, que continuou neste ano.
As duas reportagens que contam isso são resultado do empenho investigativo da repórter Fernanda Mendes, de volta à nossa redação depois de um giro de alguns meses pela Espanha, onde treinou seu espanhol e provou a verdadeira paella. Mas sentiu saudades do churrasco, e ei-la de volta.
Ela ouviu o assunto ser mencionado pela primeira vez por um consultor da área, que queria mostrar que os fundos de pensão estavam no bom caminho dos lucros consistentes, a tal ponto de alguns estarem passando de déficits crônicos ao superávit.
– Quais, quis saber Fernanda.
– Não posso citar nomes, finalizou o consultor.
Ela aceitou o desafio e passou a entrevistar dezenas de dirigentes de fundos, em busca daqueles que estavam conseguindo realizar a proeza. Encontrou vários.