Edição 187
Rio Previdência tem 630 imóveis e quer reduzir a exposição nessa carteira
que tem baixa rentabilidade
A Rio Previdência está determinada a reduzir a participação dos imóveis
na sua carteira de investimentos, seja através de instrumentos de
securitização (fundos imobiliários) ou através da venda pura e simples.
Segundo o presidente da entidade, Wilson Risolia, dos 630 imóveis que a
Rio Previdência possui 90% estão em situação irregular e a rentabilidade
da carteira gira em torno de 0,1% ao ano.
O valor da carteira imobiliária é pequeno em relação ao patrimônio total,
apenas R$ 270 milhões em comparação ao total de R$ 54 bilhões, mas
tem sido uma das principais preocupações de Risolia desde que ele tomou
posse na presidência da entidade, em meados de 2007. Imóveis
conhecidos dos cariocas, como o Circo Voador e a casa de show Scala, do
empresário Chico Recarey, entre outros, pertencem à Rio Previdência mas
não pagam aluguel. “Vamos estudar uma solução para esses imóveis,
cada caso é um caso, mas achamos que se usa tem que pagar”, diz
Risolia.
O primeiro da lista a ter uma solução de mercado será um shopping no
Leblon, de 5 mil metros quadrados, que será transformado em fundo
imobiliário e terá suas cotas vendidas a investidores. A Rio Previdência
deverá ficar com uma parte das cotas, mas será minoritária no
investimento.
A mesma solução de mercado deve ser adotada para grandes terrenos
que o instituto possui na avenida Presidente Vargas, que hoje não trazem
rentabilidade nenhuma. “O momento é favorável a soluções desse tipo”,
afirma Risolia. “O mercado imobiliário está aquecido, tanto com
investimentos externos quanto do mercado interno, e nós temos os
insumos que o mercado quer”.
Segundo Risolia, embora o instituto possua 630 imóveis, a maioria é de
pequeno porte. “Meia dúzia dos nossos imóveis representam 80% dessa
carteira, os outros respondem pelos 20% restantes.