O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 1,07% nesta segunda-feira (15/12), aos 162.481,74 pontos, registrando a quarta valorização consecutiva. O pregão marcou o início da última semana completa, com cinco dias úteis, de 2025, em um ambiente de maior apetite ao risco por parte dos investidores.
O mercado segue atento ao cenário externo, à espera da divulgação, ao longo da semana, do payroll (relatório de empregos dos Estados Unidos) e do índice de preços PCE, medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed). No acumulado de 2025, o Ibovespa já sobe 35,08%, enquanto em dezembro a valorização é de 2,14%.
Analistas apontam que os recentes cortes de juros nos Estados Unidos têm estimulado o fluxo de recursos para a Bolsa brasileira. Esse movimento está ligado à estratégia de carry trade, em que investidores buscam mercados com taxas de juros mais elevadas, como o Brasil, para potencializar retornos.
Entre os destaques do dia, as ações da Petrobras tiveram desempenho misto, com queda de 0,18% nos papéis ordinários e alta de 0,35% nos preferenciais. A Vale avançou 0,61%.
No câmbio, o dólar encerrou esta segunda-feira em alta de 0,21%, cotado a R$ 5,42. A valorização foi atribuída, principalmente, à saída de recursos no mercado à vista, comum no fim do ano, período marcado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior.
A moeda americana também ganhou força frente a divisas de países emergentes e exportadores de commodities, em um dia de queda nos preços do petróleo, movimento que costuma pressionar moedas ligadas a matérias-primas. Além disso, a valorização do iene, diante da expectativa de alta de juros no Japão ainda nesta semana, pode ter provocado ajustes em operações de carry trade ao redor do mundo.
Em dezembro, o dólar acumula alta de 1,63%, após ter recuado 0,85% em novembro. No acumulado de 2025, porém, a moeda registra queda de 12,27%.