Ibovespa recua após 15 altas seguidas, com realização de lucros

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em leve queda de 0,07% nesta quarta-feira (12/11), aos 157.632 pontos, interrompendo uma sequência de 15 sessões consecutivas de valorização. O movimento de correção foi puxado pelas ações da Petrobras (ON -2,99%; PN -2,56%), que acompanharam a forte baixa do petróleo no mercado internacional, além de um natural movimento de realização de lucros após a sequência de altas.

Investidores também repercutiram as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, praticamente afastando a possibilidade de corte da Selic em janeiro de 2026. Durante coletiva em São Paulo sobre o Relatório de Estabilidade Financeira, Galípolo reafirmou que não houve mudança na comunicação do Banco Central. “Se você entendeu algum sinal sobre o futuro, entendeu errado”, disse.

Entre os destaques do pregão, a Vale avançou 1,11%, ajudando a limitar as perdas do índice. No setor financeiro, o desempenho foi misto: Banco do Brasil (ON) recuou 2,85%, em correção após alta de 3% no dia anterior e na expectativa pelo balanço trimestral, enquanto o Bradesco (ON) subiu 0,24%.

Já o dólar fechou o dia em alta de 0,38%, cotado a R$ 5,29, após cinco sessões consecutivas de queda. A alta foi atribuída a ajustes técnicos e a uma provável saída de capital estrangeiro da Bolsa, após a queda do petróleo, além de movimentos de realização de lucros no mercado de câmbio.

Nos Estados Unidos, investidores acompanharam declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e aguardavam a votação de um projeto na Câmara dos Representantes para evitar a paralisação parcial do governo americano.

Em meio ao debate sobre a política monetária americana, Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, defendeu a manutenção dos juros altos até que a inflação mostre convergência para a meta de 2%. Já Stephen Miran, indicado por Donald Trump, avaliou que a política atual está “muito restritiva”.