Edição 41
No segmento corporate, o ranking Top Asset traz como um dos destaques
o Indosuez DTVM, que é o segundo maior e mais focado na administração
de recursos desse tipo de clientes
No segmento corporate, o ranking Top Asset traz como um dos destaques
o Indosuez DTVM, que é o segundo maior e mais focado na administração
de recursos desse tipo de clientes. Do total de ativos administrados pelo
Indosuez, que atinge valores na ordem de R$ 4,4 bilhões, a área
corporate representa R$ 3,8 bilhões (86%), o que faz com que o Indosuez
fique atrás apenas do CCF, em relação ao volume, e do Crefisul, em
relação ao foco.
O CCF é o maior gestor de recursos da área de corporate, com R$ R$ 3,9
bilhões provenientes desse cliente, enquanto o Indosuez possui R$ 3,8
bilhões. O Crefisul é o mais focado, com 97,9% dos seus recursos totais
concentrado nesse tipo de cliente, enquanto o Indosuez tem 86%.
A maior parte dos investidores do Indosuez é composta de bancos de
investimento norte-americanos e europeus com investimentos no mercado
brasileiro. O CCF e o Crefisul, ao contrário, possuem basicamente recursos
provenientes do mercado doméstico.
Quase 100% das aplicações do Indosuez concentra-se na renda fixa,
distribuídos principalmente em diversos tipos de títulos públicos. Apenas
R$ 11 milhões (de um total de R$ 4,4 bilhão) estão investidos em renda
variável. “Até o mês de maio, os investidores estrangeiros com quem
trabalhamos canalizaram uma grande quantidade de recursos para a
renda fixa com o objetivo de aproveitar as excelentes perspectivas de
performance”, diz Marcos Lederman, diretor do Indosuez.
Apesar do mercado brasileiro não oferecer as maiores taxas de juros na
comparação com outros países emergentes, a situação no país começou a
apresentar melhores condições de volatilidade. Por isso, um número
significativo de instituições estrangeiras optou pelo Brasil para aplicar
parte de seus investimentos. “Um dos produtos preferidos por esses
investidores foram os fundos compostos por moedas de privatização, que
ofereciam taxas preferenciais no início das negociações no mercado
secundário”, comenta o diretor do Indosuez.
Mas a situação começou a mudar a partir de maio deste ano. Com a
gradual redução da taxa de juros nos últimos meses, as condições atuais
da renda fixa já não oferecem tanta atratividade para o capital
internacional. Por esse motivo, nos últimos três meses houve uma
sensível redução da entrada de recursos externos provenientes da
clientela do Indosuez, revela Lederman.
O Indosuez é o maior banco da França e tem feito esforços nos últimos
anos para ampliar a participação em outros mercados desenvolvidos. Em
termos de países emergentes, o Brasil é o único a contar com a atuação
do Indosuez. Uma das estratégias desse administrador para o segundo
semestre é começar a estreitar os vínculos com os investidores
institucionais brasileiros (seus recursos desse tipo de cliente são todos de
fundos de pensão dos Estados Unidos e Europa).