Plano de previdência é o preferido dos executivos

Edição 41

A criação de planos de pensão lidera o ranking de uma pesquisa realizada
pela Mercer MW entre 54 grandes empresas, para saber das suas
intenções de conceder benefícios aos seus executivos num horizonte de
12 meses

A criação de planos de pensão lidera o ranking de uma pesquisa realizada
pela Mercer MW entre 54 grandes empresas, para saber das suas
intenções de conceder benefícios aos seus executivos num horizonte de
12 meses. Os planos de pensão foram escolhidos por dez companhias.
As dez indicaram que pretendem implantar ou iniciar estudos de
implantação do benefício de previdência privada no período de 1 ano, sem
citar se darão preferência por planos abertos ou fechados. Em segundo
lugar, na preferência das empresas pesquisadas, vem a assistência
odontológica, com 9 respostas, e em terceiro a ampliação da concessão
de automóveis, assinalada por 2 empresas.
Os benefícios elencados no levantamento incluiam ainda: assistência
médica diferenciada, seguro-saúde, assistência médica ao aposentado,
auxílio-farmácia, bolsa de estudos e cooperativas de crédito. Cada um
desses itens foi apontado uma vez na pesquisa.
A consultoria enviou o questionário para 54 empresas, que poderiam
assinalar um ou mais itens entre os listados, indicando suas intenções de
conceder benefícios no prazo de 12 meses. As que não responderam, cujo
número não é citado, não possuem intenção de conceder benefício nesse
prazo.
Segundo Marcelo Ferrari, um dos responsáveis pela pesquisa da Mercer, a
predominância dos planos de previdência deve-se ao fato de que esse
ainda é um benefício pouco tradicional nas empresas. “A maioria das
empresas, mesmo algumas menores, já oferecem assistência médica aos
seus funcionários. Os planos de pensão começaram a ser mais difundidos
nos últimos anos”, diz.
Além disso, a necessidade das empresas de reter os executivos
atualmente é bem maior do que no passado, devido ao aumento da
competitividade. “A saída de um executivo de uma empresa, hoje pode
representar a quebra de toda uma estratégia. Para uma empresa que
queira reter os executivos, que em geral têm mais de 40 anos, o plano de
pensão pode ser muito importante”, complementa.

Operacional – Na mesma pesquisa, a implantação de planos de
previdência perde para a assistência odontológica, quando se trata dos
funcionários de cargos administrativos e operacionais. Nove empresas
responderam que pretendem oferecer assistência odontológica ao pessoal
administrativo, e 8 ao operacional nos próximos 12 meses, enquanto
apenas 8 e 7 respostas apontaram para planos de pensão para as
mesmas categorias.
De um modo geral, a tendência das empresas não é conceder novos
benefícios aos seus funcionários. Apenas 9% das 54 empresas que
participaram da pesquisa pretendem fazê-lo. A maioria delas, ou 84%,
deve manter os benefícios que já tem, revendo o seu desenho, e outros
7% não farão nenhuma mudança.
“A idéia das empresas hoje é otimizar os benefícios, para se tornar mais
competitiva no mercado, sem ter que aumentar custos”, explica Ferrari.
Um exemplo disso, para ele, é a adoção da política de benefícios
flexíveis, para a qual seis empresas do levantamento devem migrar.
Nessa política, o funcionário recebe uma verba mensal e escolhe quanto
destinará para cada benefício, dentre um elenco estabelecido pela
empresa (ver Investidor Institucional nº39).
Entre os benefícios que as empresas desejam rever, a assistência médica
é a líder. Sete delas responderam que farão alterações no plano que
oferecem aos executivos, 6 nos planos dos cargos administrativos e
outras 6 nos de cargos operacionais.
O auxílio-alimentação e os planos de previdência empatam no segundo
lugar, sendo que 4 empresas devem mudar o desenho desses benefícios
para executivos, 2 para a área administrativa, e 2 para a área
operacional. Cada empresa podia assinalar mais de uma resposta nesse
item da pesquisa.