Edição 35
Depois de 7 meses de interinidade, finalmente a Secretaria de Previdência
Complementar (SPC) deve ter nos próximos dias um titular
Depois de 7 meses de interinidade, finalmente a Secretaria de Previdência
Complementar (SPC) deve ter nos próximos dias um titular. Trata-se de
Paulo Kliass, que vem da secretaria executiva do Ministério do
Planejamento e Orçamento para a SPC.
O nome ainda não havia sido publicado no Diário Oficial da União na data
de fechamento desta edição, mas várias fontes nos confirmaram que era
realmente ele o escolhido pelo ministro da Previdência, Waldick Ornelas,
para ocupar o cargo.
Economista de formação, Kliass vai ter de usar de habilidade para
conseguir recompor os ânimos na SPC. Nos meses de interinidade de
Mônica Messemberg e posteriormente de Rosemeide Anastácio Machado,
a SPC perdeu quadros funcionais importantes, como José Roberto Trezza
e Vinicius de Lara, para outros órgãos federais. E não repôs esses quadros.
Em meados de maio, desgostosa com a falta de definição sobre um nome
para o cargo de titular da SPC, a própria Rosemeide escreveu sua carta de
demissão e resolveu entregá-la ao ministro Ornelas, mas foi aconselhada
a formalizá-la apenas depois da escolha do novo secretário da previdência
complementar. Seguiu o conselho e, agora, deve entregá-la a Kliass.
A saída de profissionais como Carla Grasso, inicialmente, seguida da saída
de Mônica Messemberg, Trezza, Lara e agora de Rosemeide, representam
perdas importantes para a SPC. Uma parte importante da memória da
entidade e das negociações que ela desenvolveu com as fundações nos
últimos anos vai-se embora com esses profissionais. Uma das
possibilidades é que Kliass tente convencer Rosemeide a ficar.
A nomeação de Kliass, entretanto, pode reacender velhas desconfianças.
Economista ligado ao Planejamento, ele pode começar a ser visto como o
homem encarregado de fazer a transição da estrutura da SPC do
Ministério da Previdência para a Fazenda.
Em todo caso, sua nomeação colocou um fim às especulações que, no
final de maio, começaram a surgir em torno dos nomes do atuário Danilo
Volpe e de dois ex-secretários do órgão, Luís Carlos Magalhães Peixoto e
Eliane Sampaio, para dirigir novamente a entidade.