07-12-2015 – 19:39:13
A agência global de rating Standand&Poors (S&P) não deve mudar a perspectiva da avaliação para a dívida soberana da Argentina a exemplo do que fez a Moody’s, de estável para positiva, no dia 24 de novembro passado, dois dias após a vitória de Maurício Macri nas eleições presidenciais. Os analistas da S&P não consideram a vitória do oposicionista à atual presidente Cristina Kirchner como um elemento capaz de apontar uma melhoria na avaliação da economia do país.
“Quando Macri assumir a presidência no dia 10 de dezembro de 2015, terá que lidar com um nível muito baixo de reservas em moeda estrangeira no Banco Central”, diz um comunicado divulgado no final do mês passado pela S&P. O documento diz que a nova administração terá que gerir as mudanças do atual conjunto de cotroles cambiais com a finalidade de evitar uma possível desvalorização desorganizada da moeda que poderia ter efeitos econômicos e políticos negativos.
Segundo a S&P, o novo governo terá que enfrentar também um alto déficit público que deve superar 4,5% do PIB em 2015. Os analistas da agência preveem que o novo governo argentino deverá se mover com velocidade mais lenta do que o mercado está projetando. Isso deve ocorrer por falta de maioria no parlamento e também devido ao alto índice de inflação que gira em torno dos 20% anuais.
A S&P atribui nota SD (selective default) para a dívida soberana da Argentina, indicando não cumprimento de pagamentos por parte do governo federal. A nota de longo prazo para a moeda é CCC+.