22-09-2015 – 14:54:55
Relatório da PwC em parceria com a Associação da Indústria de Fundos de Luxemburgo (Alfi, na sigla em inglês), mostra que os fundos de pensão da América do Sul tiveram grande crescimento em alocação em ativos internacionais entre 2008 e 2014. O volume de ativos estrangeiros de fundos dessa região saltou de US$ 184 bilhões em 2008, para US$ 528 bilhões no ano passado, o que representa uma taxa de crescimento anual composta de 19,2%.
Entre os países com maior crescimento está o Chile, que registrou 44% de alocação em ativos estrangeiros em 2014, e o Peru, com 41% no mesmo ano. Já o Brasil investe menos de 1% nesses ativos devido a barreiras regulatórias rigorosas que começam a abrandar, diz o relatório.
Pela resolução 3792 do Conselho Monetário Nacional (CMN), os fundos de pensão brasileiros podem investir apenas 10% em ativos no exterior e não podem superar 25% do patrimônio do fundo local (feeder fund). Mesmo com um limite de 10%, a alocação média das fundações está muito distante do limite. Os fundos de pensão brasileiros começaram a investir no exterior a partir do final de 2013, com o início da captação de fundos lançados pela BB DTVM em parceria com assets globais.
Outras regiões – O relatório aponta ainda que na América do Norte, as alocações internacionais representavam 16% do portfólio total da região em 2008, chegando a 21% em 2014. Já na Europa, o percentual subiu de 32% para 34% no período, sendo que Holanda, Finlândia e Portugal são os que investem mais internacionalmente.
Já a Ásia-Pacífico possui uma média de 31% de seu portfólio em ativos no exterior, com Hong Kong e Japão demonstrando maior agressividade nessas aplicações. No Japão, por exemplo, o percentual de alocações saltou de 16% em 2008, para 32% no ano passado.