31-07-2015 – 18:43:44
Nascida há sete anos, com foco em family offices, a Quatá Investimentos contratou recentemente a distribuidora Fidus para ampliar o número de regimes próprios de previdência e fundos e pensão na carteira de clientes. Atualmente, esse público representa apenas 20% dos R$ 400 milhões de ativos sob gestão da asset.
A Quatá possui um fundo de investimentos em recebíveis destinado para institucionais há cinco anos, que soma R$ 70 milhões, dos quais 60% pertencem a regimes próprios. Mas a opção pela contratação de uma distribuidora, segundo o presidente da gestora, Pedro Mac Dowell, partiu da intenção de captar mais entre esse tipo de cliente, acessando o investidor de qualquer parte do país. “Sempre tivemos o intuito de ampliar relacionamento com institucionais, mas gostaríamos de conhecê-los melhor. Optamos por fazer isso com a ajuda de uma distribuidora que entende mais desse segmento”, conta Dowell.
A meta de captação, contudo, não se limita ao Fidc multisetorial da casa. De acordo com Dowell, a Quatá passará a oferecer para os regimes próprios este semestre, por meio da Fidus, um fundo de crédito privado focado em investidores qualificados, o Select, de R$ 35 milhões de patrimônio. O veículo aloca 75% em ativos de rating duplo ou triplo A e, o restante, em títulos públicos, com predominância em IMA-B.
“É um produto bastante aderente à meta dos regimes próprios e fundos de pensão, além de ser uma categoria que eles têm mais tradição em investir. Agora que o fundo tem um track record maior, podemos oferecer com mais solidez para os institucionais”, afirma.
A Fidus Invest pertence aos sócios Pedro Velardo e Ricardo Maggi, ex-executivos do Banco Itaú, com mais de dez anos de experiência na área de distribuição de fundos para institucionais. Fundada há seis anos, a distribuidora é focada exclusivamente em fundos de pensão e regimes próprios. Além da Quatá, a Fidus atua com a Perfin Investimentos, gestora de equities.
“A Quatá é uma casa de crédito e todos os ativos de dívida em carteira são prospectados internamente. Por um lado, traz soluções para empresas que buscam funding mais barato no mercado e, pelo outro, faz a securitização desses títulos, gerando rentabilidade para os investidores”, explica Maggi. “Está muito difícil bater meta dentro do atual cenário econômico com ativos tradicionais, então os institucionais estão buscando cada vez mais produtos estruturados”, complementa.