15-05-2015 – 14:38:22
A perspectiva de que o PIB volte a crescer em 2016, ao mesmo tempo em que o BC deve iniciar um ciclo de corte na taxa básica de juros – no último relatório Focus, a estimativa para o PIB é de retração de 1,2% neste ano, e expansão de 1% no próximo; para a Selic, a projeção em dezembro próximo está em 13,50%, e em 11,63% no seguinte – vai ser uma combinação que tende a favorecer a renda variável. “A expectativa para a bolsa deve acabar o ano muito melhor do que começou”, prevê Luis Felipe Amaral, sócio-diretor da Equitas Investimentos.
Caso esse ambiente se confirme, as ações small e mid caps podem apresentar um bom desempenho, opina Amaral. Por terem menor liquidez, esses papéis foram ainda mais castigados pelo mercado nos últimos anos, diz o especialista. “Teve um movimento muito forte de aversão ao risco, os investidores buscaram ações de menor risco, com maior liquidez”, fala o sócio da asset.
“Não estou falando de um horizonte de seis meses, mas talvez um ou dois anos, tendo passado o pior do ponto de vista da atividade, com a estabilização do cenário macro, e se acontecerem os ajustes que estão sendo implementados, acredito que teremos um ambiente mais favorável para as ações small e mid caps, que ficaram muito para trás”, comenta Amaral.
Dentro do segmento de ativos de menor capitalização, os setores industriais e de consumo discricionário, na visão do gestor, também sofreram mais do que a média recentemente. “Em termos relativos acho que virão melhores oportunidades de investimento, para quem tem visão de mais longo prazo como os institucionais”, fala o sócio da Equitas.
No último ranking Top Asset, a gestora foi uma das que mais cresceu sua base de clientes junto aos fundos de pensão, com um aumento superior a 100% nos últimos doze meses. No entanto, como a casa tem o foco na renda variável, que não tem apresentado bons retornos ultimamente, na divisão por classe de ativo, a Equitas teve uma queda de 68,3% em ações.