Eudis Urbano | Melhor gestor de investimentos de RPPS

Eudis Urbano, do Instituto de JundiaiEdição 255

No ano de 2013, o presidente do Iprejun (Instituto de Previdência do Município de Jundiaí), Eudis Urbano, que foi escolhido como melhor gestor de investimentos de regime próprio, enfrentou o que definiu como um período de intensa volatilidade no mercado financeiro. Na presidência do Iprejun desde janeiro deste ano, Urbano teve larga experiência no INSS (Instituto Nacional do Seguro Nacional), onde trabalhou por 29 anos, passando pelos cargos de gerente de agência em Amparo (SP) a gerente executivo em Jundiaí.
Nos três primeiros meses de sua gestão, dedicou-se à tarefa de completar a equipe de profissionais do instituto, contratando profissionais de contabilidade e tecnologia. O dirigente destaca que “uma equipe que tenha perfil técnico, profissional, ético e que seja muito participativa” é a principal ferramenta de atuação em sua gestão no Iprejun, que tem uma carteira de investimentos de R$ 820,85 milhões – dados de outubro de 2013. “As melhores decisões e soluções são sempre as compartilhadas”, completa o presidente.
Ainda no início do ano, o Iprejun passou por uma revisão na carteira de investimentos, além de aproximação do relacionamento com as assets e os bancos parceiros. Urbano explica que a participação em renda fixa, até então, era excessiva para as condições do mercado, apresentando uma relação risco/retorno desfavorável ao Instituto. A partir daí, foi definido um aumento da exposição do patrimônio em renda variável.
Em relação à renda fixa, ele chama a atenção para a alta volatilidade dos fundos IMA, que prejudicou a rentabilidade tanto dos RPPS quanto dos fundos de pensão. Entretanto, este não foi um fator de preocupação, considerando que o perfil do passivo atuarial é de longo prazo. “Isso nos permitiu manter o investimento com maior tempo de maturação”, explica Urbano.
Para 2014, que ainda deve ser um ano difícil, a estratégia do Iprejun será de manter o percentual de exposição em renda variável próximo dos 30%, valor determinado pela resolução nº 3922 do CMN (Conselho Monetário Nacional), e continuar buscando opções em renda fixa que apresentem boa relação risco/retorno, e que garantam a solvência do fundo.
O presidente adianta, ainda, que as análises e investimentos do Iprejun, assim como outros RPPS, deverão estar voltados para fundos de ações não correlacionados ao Ibovespa, que apresentou baixa rentabilidade em 2013, e produtos estruturados como fundos de participações, FIDCs e fundos imobiliários, “observando sempre quem é a gestora desses fundos e a qualidade dos investimentos por eles realizados”, reforça Urbano.