Edição 114
Pelo segundo semestre consecutivo o Itaú se mantém como maior na gestão de recursos de clientes private, segmento que aumentou sua participação no total de recursos administrados de R$ 33,29 bilhões para 37,70 bilhões, ou seja, de 8% para 8,8%. O Itaú registrou substancial crescimento no volume de recursos administrados desses clientes e conseguiu distanciar-se bem do seu maior competidor no segmento: o HSBC.
O vice-presidente da área de investimentos do banco, Alfredo Setúbal, confirma que 2001 foi realmente um ano excepcional em captação para a carteira de clientes private no Itaú. “Além da captação de rotina, contamos com o substancial incremento da carteira da LAM, que superou a casa de R$ 1 bilhão”, lembra. Como resultado, o Itaú quase dobrou sua carteira de recursos provenientes da área – de R$ 4,77 bilhões para R$ 7,65 bilhões em seis meses – e cuja representatividade nos negócios do banco como um todo subiu de 10,4% para 14,9%.
Setúbal prevê que neste ano o banco deve consolidar ainda mais sua liderança no segmento private. “Se mantivermos o ritmo observado em janeiro e fevereiro, e somando os recursos que chegam com a aquisição do Sudameris, nossa área de private vai facilmente superar a casa de R$ 10 bilhões até dezembro”, calcula.
Em segundo lugar neste Top Asset, o HSBC Brain apresentou leve crescimento, passando de R$ 3,46 para R$ 3,55 bilhões, ou 17,5% dos seus negócios. A surpresa deste ranking ficou por conta do Pactual que galgou seis posições, pulando de nono para o terceiro lugar, com R$ 1,86 bilhão provenientes desse tipo de cliente (27,4% de seus negócios). Destaque também para Citigroup, que subiu de oitavo para quarto lugar, com uma carteira de R$ 1,77 bilhão, contra R$1,35 bilhão do ranking anterior. Com isso, a participação da área em seus negócios saiu de 7,2% para 9,3%. Unibanco também surpreendeu, saindo do décimo para sexto lugar, atrás do BankBoston, que manteve sua posição.
Alta volatilidade ajudará – Fora do último Top Asset, a Tática DTVM se revelou a mais focada em administração de recursos private com R$ 70 milhões. A empresa, que administra fundos desde 1993, se encontra em plena fase de estruturação para ampliar sua atuação no mercado, conforme conta o diretor Ernesto Rahmani. Sua proposta é aumentar a base de clientes, hoje de cerca de 200 clientes individuais e 3 grandes institucionais, e crescer pelo menos 20% em recursos administrados nos próximos seis meses. “A alta volatilidade, comum em anos eleitorais, deve favorecer as assets. Estamos nos preparando para oferecer novos produtos para esse cenário”, avisa Rahmani, que planeja buscar reforços para atuar também na administração de renda fixa.