Itaú na dianteira entre assets privadas | Se desconsiderada a BB,...

Edição 114

O volume de recursos sob gestão da previdência privada fechada cresceu 6,03% no segundo semestre do ano passado, para R$ 92,98 bilhões, passando a representar 21,6% do total. A principal gestora de recursos de fundos de pensão foi a BB Administração de Ativos, com R$ 20,96 bilhões, mas o mercado considera a BB um competidor “hour concour”, por concentrar uma grande soma proveniente da Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil. Assim, tradicionalmente, a disputa pela liderança no mercado de fundos de pensão acontece pelo segundo lugar, que já há alguns anos tem o Itaú na liderança. Neste Top Asset, o Itaú ficou com R$ 13,02 bilhões, mais que o dobro do terceiro colocado, o HSBC, que ficou com R$ 6,17 bilhões. Em quarto lugar sruge a UAM, com R$ 5,97 bilhões.
Para o diretor da área de institucionais do Itaú, Alexandre Zákia, a área de previdência privada fechada tem sido marcada por uma intensa competição entre os gestores, o que diminuiu muito as taxas de administração no ano passado – a ponto de alguns gestores importantes e com posições relevantes na área terem partido para outros segmentos, como o corporate e o private, para atuarem com mais peso.
“Mas acho que o pior momento já passou, as taxas deixaram de cair e com a queda da taxa de juros abre-se espaço para a oferta de produtos mais sofisticados, cuja taxa de administração será maior”, diz Zakia. “Nesses produtos mais sofisticados, o que manda não é a taxa mas a qualidade da gestão”. Para Zákia, o primeiro semestre deste ano será marcado pela saída de R$ 6 bilhões a R$ 9 bilhões em recursos do sistema, para pagamento do RET. “Mas, a partir do segundo semestre, o sistema volta a crescer”, avalia.

Mais focados – Entre os gestores mais focados na área de previdência fechada o destaque é da Leme Investimentos, com 94,7% proveniente desse cliente, o que representa R$ 40,4 milhões. Em segundo lugar está a Santos Asset Management, com 85,4% dos recursos administrados captados junto aos fundos de pensão, o que representa R$ 455 milhões. “Optamos por ter um crescimento prioritário neste segmento, qualificado e comvolumes elevados de recursos”, explica o diretor da empresa, Eduardo Novo. “Mas daqui para a frente vamos diversificar um pouco mais, para o lado do private”.
De acordo com Novo, a definição das regras de investimento para os fundos de pensão no ano passado contribuem para o desenvolvimento do sistema. Mesmo entendendo que, em alguns aspectos, essas regras poderiam ser melhoradas, ele acha que elas vieram em boa hora e são bastante coerentes. “Talvez possam ser melhoradas, mas isso vem com o tempo, melhora com o entendimento”, diz.