Edição 114
A BB DTVM foi a grande surpresa do ranking de gestores de recursos oriundos da área corporate. Ela pulou de terceiro para primeiro lugar, praticamente quadruplicando os volumes sob sua gestão:
O volume de recursos da área de corporate caiu de R$ 52,98 bilhões no 8º Top Asset para R$ 51,23 bilhões no atual Top Asset, uma redução de 3,3%. A posição dos maiores gestores de recursos desse tipo de cliente sofreu uma reviravolta completa, com a BB Administração de Ativos passando à liderança, com R$ 7,24 bilhões (11,9% dos recursos sob gestão). No ranking anterior a BB ocupou a terceira posição, um salto à época, pois antes sequer estava entre os dez maiores.
Para o diretor da BB Administração de Ativos, Nemésio Altoé, o crescimento da asset nesse nicho é resultado do oferecimento de fundos diferenciados, pensados especialmente para esse tipo de cliente. Abaixo da BB, o Itaú manteve-se como o segundo maior em recursos de corporate, com R$ 6,47 bilhões, seguido pelo Safra com R$ 5,23 bilhões e pela BRAM com R$ 4,50 bilhões. No ranking anterior, o Bradesco tinha ocupado a posição de maior gestor de recursos de corporate, com 7,42 bilhões.
Focados – Entre os mais focados, a Dibens DTVM conquista o topo, com 96,7% dos recursos da área corporate, ou R$ 308,6 milhões. A asset vinha mantendo a vice-liderança nos últimos dois anos. Segundo Sérgio Luis Patrício, diretor de investimentos da Dibens, o resultado é fruto de uma boa releitura da necessidade dos clientes, em sua maioria empresas de consórcio, de perfil conservador e que não se interessam pelo mercado de risco.
Dado o grande relacionamento comercial que a asset mantém com as empresas de consórcio – o grupo Verdi, que tem 49% das suas ações, é dono de uma das maiores administradoras de consórcios do país, a Rodobens –, abrem-se muitas portas para ela no setor, explica Patrício.
Crescimento deve se manter – Mas, ele lembra que uma parte do crescimento desse fundo veio do crescimento vegetativo da própria indústria de consórcio. Na visão do executivo, os próximos meses também prometem bom crescimento para o setor. “Para este ano, entendemos que o crescimento deve se manter, dada a retomada da atividade econômica. O pior já passou. A indústria de veículos projeta um crescimento de 20% nas vendas e, do total de veículos comercializados no país, pelos menos 50% saem através do sistema de consórcio”, afirma, adiantando que novas parcerias serão firmadas até dezembro.