Asset do Bradesco estréia e larga bem | Volume de recursos vindos...

Edição 114

O mercado de administração de recursos oriundos de assets experimentou no segundo semestre do ano passado um crescimento substancial: passou de um total de R$ 8,61 bilhões do último levantamento, para R$ 12,67 neste ranking e com isso aumentou seu share no total de recursos administrados de 2,1% para 2,9%. Instituída em julho de 2001, a asset do Bradesco estréia como a primeira no ranking em recursos oriundos de outras assets, com mais que o dobro do segundo colocado. Sob sua gestão estão R$ 4,45 bilhões, ou 9% do seu volume de negócios.
Para diretor da Bram, Robert van Dijk, a performance obtida em praticamente seis meses é bastante condizente com o esforço e as estratégias delineadas a partir da constituição da empresa. “Nos propusemos a buscar uma excelência na gestão de recursos de terceiros, procurando atender de forma especializada, com equipe especializada aos vários segmentos. Os números mostram o que ela se permitiu obter no ganho de eficiência e eficácia de gestão e atendimento das necessidades dos vários segmentos”, diz, citando que a BRAM procurou reunir uma equipe de especialistas para atender as especificidades dos vários segmentos dentro de uma estratégia que melhor traduzisse dedicação, trabalho e consistência.
Nas posições a seguir, praticamente não há grandes movimentações. O posto de segunda maior no segmento permanece com o Unibanco, com R$ 2,18 bilhões ou 10,5% de sua carteira de recursos de terceiros, seguido em terceiro pelo Sudameris Asset Management, com R$ 1,89 bilhão, ou 23,1% de sua carteira. As assets do Pactual e Bank of America surgem respectivamente em quarto e quinto lugares, com R$ 1,47 bilhão e R$ 559 milhões, seguido do JP Morgan, que caiu para sexto na gestão de recursos do segmento
Com três anos de vida, a Claritas Serviços Financeiros surge pela primeira vez como a mais focada entre os gestores de recursos de assets. Com uma carteira de R$ 27,6 milhões, ela tem praticamente 60% dos seus negócios oriundos desse segmento. Em segundo lugar está a Ático Gestão de Recursos, com 52,1% dos negócios voltados para o segmento e, como a Claritas, também não figurava no levantamento de setembro de 2001. O Banco Europeu para a América Latina-BEAL caiu de primeiro para a quarta posição, atrás da Fama Investimentos, que, embora tenha perdido a segunda colocação, aumentou a importância da área em seu portfólio – de 21,7% para 25,4%.
Marcelo Karvelis, da Claritas, credita o desempenho às peculiaridades do seu fundo, de perfil bastante agressivo, sempre com meta de 10% acima do CDI e com todos os limites de posições definidos e calculados com base na formulação de cenário de stress. “É o produto que mais se aproxima do hedge funding brasileiro”, diz. O fundo hoje tem R$ 75 milhões sob sua gestão e fechou fevereiro com 258 clientes, sendo 60 clientes assets.