Edição 212
Se os primeiros seis meses de 2009 trouxeram bons resultados para os investidores pessoa jurídica, o segundo semestre veio para sintetizar a tendência de recuperação do setor, que sofreu muito com a crise internacional.Após apresentar um dos maiores percentuais de crescimento entre os segmentos analisados nos primeiros seis meses no ano passado, o corporate fechou o último semestre com uma expansão de 33,43%, com patrimônio de R$174,97 bilhões.O cenário é bem diferente do constatado nos últimos seis meses de 2008, quando o saldo aplicado registrava queda de quase 14%. “2009 foi um ano em que as grandes empresas voltaram a procurar por fundos que garantissem liquidez e preservação de capital”, avalia Carlos Massaru Takahashi, diretor executivo da BB DTVM. A gestora do Banco do Brasil ficou em segundo lugar no ranking das assets com maior volume de recursos de clientes corporate sob gestão. Seu crescimento foi de 52,4% em seis meses, o que fez com que o patrimônio de clientes nessa área atingisse R$ 24,61 bilhões. O Itaú Unibanco permaneceu como líder desse segmento. A gestora da instituição financeira encerrou o segundo semestre de 2009 com patrimônio de R$ 58,36 bilhões.
Middle market – Para as empresas de médio porte, 2009 também foi bastante positivo. O segmento encerrou o ano passado com R$ 32,92 bilhões, um crescimento de 70,87% em um ano e de 45,24% em apenas seis meses.Takahashi explica que um dos fatores que fomentaram o crescimento tanto no middle market quanto no corporate foi o retorno dos recursos de clientes que haviam migrado para Certificados de Depósito Bancário (CDBs) em 2008 por conta da crise. O baixo risco e o alto patamar da taxa básica de juros, que na época estava em 13,75% ao ano, faziam com que o CDB fosse uma opção atraente para os investidores corporativos, que têm um perfil conservador.No middle market, a gestora do Itaú Unibanco ultrapassou a BB DTVM, assumindo a liderança do ranking. O crescimento no semestre para a atual líder foi de 67,16% encerrando o ano com R$ 12,52 bilhões. A BB DTVM ficou em segundo, com um montante de R$ 9,72 bilhões e 15,93%.Segundo Roberto Nishikawa, diretor do Itaú Unibanco responsável pelos produtos da asset management e pelo relacionamento com clientes institucionais, as variáveis que influenciaram o crescimento da aplicação das médias empresas foram uma grande campanha de captação junto ao segmento no último trimestre e a herança da fusão dos dois bancos. “Tivemos que reestruturar os produtos dos dois bancos para que tivéssemos uma família completa de fundos que fosse capaz de satisfazer cada cliente, pois tanto o Itaú quanto o Unibanco tinham credibilidade no segmento”, afirma.