Edição 130
Pela segunda vez, Investidor Institucional está publicando o ranking dos melhores fundos voltados aos clientes institucionais. Esse ranking, elaborado pela empresa de consultoria Risk Office, classifica apenas os fundos abertos e deixa de analisar aqueles fundos de institucionais que, mesmo listados em outros rankings, não aceitam aplicações de terceiros. Foram analisados 544 fundos de investimentos, subdivididos em 20 categorias definidas segundo critérios de benchmark e risco estabelecidos pela Risk Office (ver metodologia à página 20).
Dos 544 fundos analisados, 142 foram classificados como excelentes (bola verde), 248 como adequados (bola amarela) e 154 como inadequados no período de 1 ano, compreendido entre os dias 02 de janeiro de 2002 a 30 de dezembro de 2002. Nosso ranking apresenta apenas os fundos enquadrados nas duas primeiras categorias, deixando de apresentar os fundos inadequados. Além da classificação dos fundos no período de um ano, os fundos listados trazem sua classificação também nos períodos de três meses, seis meses e 36 meses, até 30 de dezembro de 2002. Nesses casos, como essa é uma informação complementar, são apresentadas as bolas verdes, amarelas e também as vermelhas, que indicam que foram excelentes, adequados ou inadequados, respectivamente, nos períodos referidos.
Com isso, o leitor pode, num correr de olhos, conhecer não apenas a classificação do fundo num período de 1 ano como também saber qual o comportamento do mesmo fundo em períodos mais curtos, de três meses e seis meses, e mais longo, de três anos. Isso é importante para verificar tanto o timing do gestor em aproveitar oportunidades de curto prazo quanto também a consistência do fundo no longo prazo.
Em geral, a maioria dos gestores que tiveram seus fundos de renda fixa classificados como excelentes disseram que seu acerto foi apostar na redução da duration dos papéis, como forma de fugir da volatilidade do mercado, que analisavam viria em conseqüência das eleições presidenciais. “Reduzimos a duration dos títulos em carteira de forma a que não ultrapassassem o período das eleições”, explicou o gerente de renda fixa do BBA Investimentos, Luiz Philipe Biolchini.
O BBA Investimentos foi o gestor que teve o maior número classificados como excelentes. Foram 15 fundos excelente e 7 adequados, entre 26 fundos da instituição analisados pela Risk Office. Em segundo lugar no ranking dos melhores estão empatados o Bradesco (BRAM) e o HSBC, tendo a BRAM 10 fundos excelentes e 20 adequados, entre 51 analisados, e o HSBC 10 fundos excelentes e 18 adequados, entre 36 analisados (ver quadro ao lado).
Segundo o coordenador técnico da Risk Office, Maurício Sforcin, os gestores tornaram-se mais cautelosos na participação dos leilões de títulos do governo, passando a primar pela compra de papéis de duration mais curta para os fundos de varejo e reservando para alguns fundos de institucionais os papéis de duration mais longas.
Já no caso dos fundos de renda variável, ganhou quem seguiu uma estratégia fundamentalista, de acompanhar detalhadamente a vida das empresas e comprar os papéis daquelas que estavam subavaliadas pelo mercado mas apresentavam boas possibilidades de alta, principalmente em função de direcionarem suas produções para mercados externos, com pagamentos em moeda forte. “Optamos por algumas empresas que estavam subvalorizadas e que eram voltadas paras o mercado externo”, explica o diretor executivo da Bradesco Asset Management – Bram, Robert Van Dijk.
A pesquisa da Risk Office também encontra-se disponível, inclusive com atualizações, no site da empresa (www.riskoffice.com.br). Segundo Sforcin, eventuais omissões na análise de fundos de empresas gestoras devem ser comunicados à consultoria, para que numa próxima análise eles possam figurar.