Um jeito novo de olhar os índices | Smart Beta: evento realizado ...

Edição 263

 

Destinado a apresentar aos investidores brasileiros uma nova classe de índices, que tem sido cada vez mais adotada nos Estados Unidos e Europa, o seminário Entendendo o Smart Beta, realizado em agosto pela Revista Investidor Institucional, na cidade de São Paulo, teve a presença de mais de 100 pessoas. O evento contou com apresentações de gestores e especialistas brasileiros e internacionais das principais empresas que produzem benchmarks globais, tais como a FTSE, a Research Affiliates e a MSCI.
O objetivo do seminário, que foi dividido em três painéis, foi abordar os conceitos e o funcionamento desses novos índices, discutir os benefícios e desafios do smart beta, como são as diferentes estratégias dessa modalidade de investimentos, quais os resultados que podem ser esperados pelo investidor e quais os desafios do mercado para adoção dessas estratégias.
No primeiro painel foi apresentada uma visão mais global do uso e da metodologia de elaboração dos índices alternativos, com apresentações de Peter Gunthorp, diretor de pesquisas e análises da FTSE, Jeff Wilson, sócio e responsável por relacionamentos com clientes institucionais na Research Affiliates, além da Paula de Faro Salamonde, diretora executiva e responsável pelos negócios da MSCI na América Latina. Durante as apresentações, os executivos falaram sobre os tipos de índices que são usados, bem como sobre as vantagens dos investimentos passivos atrelados a uma estratégia alternativa e como isso já está sendo aplicado ao redor do mundo.
Já no segundo bloco do evento, os gestores mostraram a sua visão de desenvolvimento de produtos e de estratégia de investimentos por meio de índices alternativos, expondo que tipo de valores são utilizados na hora de adotar o smart beta. O painel contou com palestras de Bruno Bonini, responsável pela estratégia internacional de produtos Itaú Asset Management, Cindy Shimoide, diretora de multi-asset strategies da BlackRock América Latina e Ibéria, e Axel Andre Simonsen, responsável por quantitativos e gestão de estratégias sistemáticas na Bram. Cada gestor expôs a metodologia e o conceito usado na hora de definir a estratégia que o índice vai seguir, baseando-se em estudos e em projeções para medir o risco e o retorno ao longo do tempo.
Na última parte do evento, o foco foi a opinião das entidades do mercado e de seus representantes acerca da adoção das estratégias de smart beta. Silvio Renato Rangel, membro do comitê de investimentos da Abrapp e superintendente da Fundação Itaipu (Fibra) falou sobre os desafios, principalmente regulatórios, para adoção desse tipo de investimentos entre os fundos de pensão brasileiros. Cláudio Jacob, diretor comercial e desenvolvimento de mercado da BM&F Bovespa, abordou dados do mercado de capitais. Finalmente Mauro Cunha, presidente da Associação dos Investidores no Mercado de Capitais (AMEC), discorreu sobre a responsabilidade do investidor de participar da governança das companhias, como acionista, mesmo com a adotação de estratégias de gestão passiva.