O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em leve alta de 0,10% nesta quinta-feira (30/10), aos 148.780,22 pontos, marcando o quarto recorde consecutivo de fechamento. O movimento foi sustentado por fatores externos e internos — entre eles, o acordo comercial entre China e Estados Unidos e a temporada de balanços corporativos.
Durante o dia, o índice perdeu força após a divulgação dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de setembro, que mostraram criação de 213.002 vagas formais, acima da mediana de 169 mil esperadas pelo mercado. O resultado elevou a cautela sobre o ritmo de cortes de juros pelo Banco Central, já que o mercado de trabalho mais aquecido pode adiar um afrouxamento monetário.
Entre as ações, Vale subiu 0,76%, acompanhando o avanço do minério de ferro e à espera de seu resultado trimestral. Petrobras recuou 0,88% (ON) e 0,43% (PN). No setor financeiro, os papéis do Santander avançaram 2,61% e os do Banco do Brasil, 1,93%, enquanto o Bradesco liderou as perdas do índice após divulgar balanço, caindo 3,88% (ON) e 3,56% (PN).
Já o dólar subiu 0,40%, cotado a R$ 5,38 ao final do dia, acompanhando o fortalecimento da moeda americana no exterior. O movimento refletiu declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que afirmou não haver garantia de novo corte de juros em dezembro, após duas reduções consecutivas de 0,25 ponto percentual.
Powell destacou que o Fed deve agir “com mais cautela” nas próximas reuniões, condicionando futuras decisões aos próximos indicadores econômicos. Apesar da alta do dia, o dólar ainda acumula queda de 0,21% na semana, mas avança 1,09% em outubro.