O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em queda de 0,81% nesta quinta-feira (25/9), aos 145.306,23 pontos, refletindo a cautela dos investidores diante da divulgação da prévia da inflação (IPCA-15) de setembro e de pesquisa divulgada pelo Ipesp sobre aumento da popularidade do presidente Lula.
O índice de inflação, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,48% em setembro, após deflação de 0,14% em agosto. O número ficou levemente abaixo do esperado, mas reforçou a percepção de pressões inflacionárias, que afastam ainda mais a probabilidade de corte das taxas de juros ainda neste ano.
A pesquisa Pulso Brasil, divulgada pelo Ipesp, mostra que a aprovação do governo aumentou sete pontos percentuais desde julho, atingindo 50% e superando pela primeira vez a taxa de desaprovação, que ficou em 48%. Isso esfriou os ânimos do mercado, que não vê no governo Lula um compromisso com o equilíbrio fiscal.
A Vale avançou 0,55%, acompanhando a alta do minério de ferro na China. Já Petrobras recuou, com queda de 1,76% nas ações ordinárias e 0,80% nas preferenciais, em meio à oscilação do petróleo. Os bancos também caíram: Itaú PN (-0,80%) e Banco do Brasil ON (-1,45%).
Já o dólar fechou o dia em alta de 0,69%, a R$ 5,36. A valorização do dólar foi puxada pelo cenário internacional, refletindo dados mais fortes da economia dos Estados Unidos que elevaram os rendimentos dos Treasuries de curto prazo.
Os números mostraram que o PIB americano do segundo trimestre cresceu 3,8% em termos anualizados, acima da estimativa anterior de 3,3%. Além disso, o índice de preços de gastos com consumo (PCE) e o núcleo do PCE — medidas importantes de inflação para o Federal Reserve (Fed) — também vieram acima do esperado.