
O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 0,82% nesta quarta-feira (29/10), aos 148.632,93 pontos, atingindo o terceiro recorde consecutivo de fechamento. A alta resulta do otimismo do mercado com a decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir nesta quarta-feira a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 3,75% e 4% ao ano, o que melhora o apetite global por risco e aumenta o fluxo de capital para mercados emergentes, como o Brasil.
O índice chegou a ultrapassar os 149 mil pontos durante o pregão, mas perdeu força após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que afirmou que um novo corte de juros em dezembro “está longe de ser algo certo”.
Entre os destaques do dia, Vale avançou 1,82%, acompanhando a alta do minério de ferro no exterior. As ações da Petrobras fecharam mistas (ON -0,19%; PN +0,10%), enquanto Santander subiu 1,60% após divulgar lucro líquido de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre. Pão de Açúcar (+5,63%), Hypera (+4,84%) e Gerdau (+4,28%) figuraram entre as maiores altas.
Dólar – Já o dólar fechou o dia praticamente estável, cotado a R$ 5,36, após alternar entre queda e alta ao longo da sessão. A moeda ganhou força na parte da tarde, acompanhando o movimento global de valorização do dólar depois das declarações de Powell.
Apesar do corte de juros pelo Fed, o discurso do presidente do banco central americano foi interpretado como um sinal de pausa nos cortes de juros nos próximos encontros, após duas reduções seguidas. Powell reconheceu sinais de desaceleração no mercado de trabalho dos EUA e destacou o desafio de equilibrar os objetivos de controle da inflação e manutenção do emprego, o chamado “duplo mandato” da instituição.