Fundos de ETFs só perdem para fundos de renda fixa em captação

Os ETFs (Exchange Traded Funds) captaram R$ 5,8 bilhões entre agosto de 2024 e julho de 2025, superando o desempenho dos fundos multimercados, de ações, de previdência e cambiais no período. Apenas os fundos de ações tiveram uma captação superior, de R$ 96,3 bilhões no mesmo intervalo.

Os fundos de previdência captaram R$ 4,4 bilhões entre agosto de 2024 e julho de 2025, enquanto os cambiais tiveram um fluxo positivo de R$ 634,2 milhões no período. Já os fundos de ações e multimercados registraram perdas líquidas de recursos, de R$ 75 bilhões e R$ 320 bilhões, respectivamente.

Atualmente o mercado conta com 127 ETFs, dos quais 23 foram lançados nos últimos 12 meses. Da captação do período analisado, R$ 4,1 bilhões foram direcionados à fundos de índice de renda fixa enquanto R$ 1,7 bilhão foram para fundos de índices de renda variável.

Dados da Anbima mostram que o número de contas investindo em ETFs era de 1,1 milhão em janeiro deste ano (29% acima do mesmo mês do ano anterior). Dessas, total, 698 mil são de fundos de investimento, 236 mil são de investidores pessoas físicas e 170 mil outras classes.

“Os ETFs são uma classe de produtos consolidada em mercados desenvolvidos e ainda têm amplo espaço para expansão no Brasil. Diversificação e taxas competitivas são seus principais atrativos”, afirma Pedro Rudge, diretor da Anbima.

Junto com o crescimento tem vindo a sofisticação, com os gestores ofertando desde ETFs que investem em ativos no exterior até produtos que combinam estratégias de renda fixa e variável, que pagam dividendos e que  replicam índices internacionais através de BDRs (Brazilian Depositary Receipts).