O Ibovespa fechou em queda de 0,31% nesta quinta-feira (9/10), aos 141.708 pontos, sob o efeito da rejeição da medida provisória (MP) que previa a unificação da tributação sobre aplicações financeiras e o aumento de alíquotas sobre instituições financeiras. Com a rejeição, abre-se um período de desconfiança em relação ao equilíbrio das contas públicas.
A derrota do governo foi vista pelo mercado como um sinal de que o governo terá mais dificuldade para ampliar gastos em ano eleitoral, o que poderia favorecer um cenário de maior responsabilidade fiscal em 2027. Por outro lado, analistas alertam que o governo precisará buscar novas fontes de receita — ou rever metas fiscais — para fechar as contas.
No dia, as ações da Petrobras caíram mais de 1%, acompanhando a baixa do petróleo internacional. Vale também recuou 0,15%. No setor bancário, apenas Itaú fechou em leve queda, enquanto Santander subiu 1,32%.
Já o dólar fechou o dia em alta de 0,58%, a R$ 5,37. O real teve um dos piores desempenhos entre as moedas emergentes, refletindo a apreensão dos investidores com as contas públicas após a Câmara dos Deputados derrubar a MP que substituía o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).