4/11 – Ibovespa renova recorde histórico; dólar também sobe

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta de 0,17% nesta terça-feira (4/11), aos 150.704 pontos, registrando sua décima alta consecutiva, com sete recordes de fechamento na sequência mais longa desde julho de 2024. Na semana, o Ibovespa acumula valorização de 0,78%, e no ano, de 25,29%.

Com a agenda econômica esvaziada, o foco dos investidores esteve na queda de 0,4% da produção industrial em setembro, conforme divulgado pelo IBGE. O resultado, em linha com as expectativas, reforçou os sinais de desaceleração da atividade econômica. Agora, as atenções se voltam à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada nesta quarta-feira (5/11). A expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano, mas o tom do comunicado do Banco Central poderá influenciar as apostas sobre o início do ciclo de cortes, possivelmente adiado para abril de 2026.

Entre os destaques do dia, as ações da Petrobras avançaram 0,94% (PETR3) e 0,50% (PETR4), ajudando a sustentar o índice, apesar da queda do minério de ferro na China (-1,7%), que pressionou a Vale (-1,12%). No setor bancário, o Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 0,30%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,86%.

Dólar – Já o dólar fechou em alta de 0,77%, cotado a R$ 5,40, refletindo a cautela dos investidores diante das incertezas sobre o ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) e a expectativa pela decisão do Copom nesta quarta-feira. Apesar da valorização, o real teve desempenho melhor que o de outras moedas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

No cenário interno, o mercado aposta na manutenção da Selic em 15%, com possível tom mais duro no comunicado do Banco Central, o que poderia reduzir pressões sobre o câmbio ao reforçar o diferencial de juros em relação aos Estados Unidos.

Já no exterior, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou que não há garantia de novos cortes de juros em dezembro, ampliando a incerteza sobre a política monetária americana e fortalecendo o dólar no mercado global.