
O investimento dos fundos de pensão brasileiros em fundos sustentáveis, que seguem critérios ESG (responsabilidade ambiental, social e de governança), tende a ganhar impulso em 2026 a partir do anúncio que poderá ser feito ainda este ano pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), de um novo arcabouço regulatório sobre o tema, avalia Aquiles Mosca, CEO da BNP Paribas Asset Management Brasil.
“A Previc está interessada em modernizar as regras e a expectativa do mercado é de que as mudanças sejam anunciadas ainda em outubro, se possível durante o Congresso da Abrapp, medida que em conjunto com a autorregulação da Anbima deverá trazer maior estímulo aos investimentos sustentáveis”, acredita.
A asset tem atualmente R$ 3 bilhões em fundos ESG, sendo R$ 2,5 bilhões em seu fundo de crédito privado ESG, que segue a classificação IS (Investimento Sustentável) da Anbima, além dos fundos exclusivos com essa temática.
“Estamos trabalhando também em um fundo de infraestrutura IS, para entidades fechadas de previdência complementar, seguradoras e para um público mais amplo composto por fundos soberanos e o BNDES, entre outros investidores”, afirma. Muitos desses projetos não competem bem com uma taxa de juros elevada, o que significa que poderão ganhar força a partir de 2026 à medida que a Selic começar a ser reduzida, acredita o gestor.