Fundações optam por carteira própria para títulos públicos

Edição 198

 

A Fundação Atlântico estuda criar uma carteira própria para abrigar os títulos públicos em que o fundo de pensão investe. A entidade irá se espelhar no exemplo da Fundação Itaipu (Fibra), com quem está conversando, que fez isso há um ano e de lá para cá já economizou R$ 500 mil com a taxa de administração desses ativos. No ano passado a Fibra tinha dois tipos de fundos exclusivos: renda fixa (com títulos públicos e Certificado de Depósito Bancário – CDB) e multimercados de renda fixa. “No caso dos multimercados liquidamos a carteira e mudamos de posição. Já os ativos do fundo de renda fixa foram transferidos para uma carteira própria”, explica o superintendente da Fibra, Silvio Rangel. Segundo ele, como a maior parte dos títulos públicos que a fundação tem é marcada na curva e por isso não exige uma gestão ativa, não havia necessidade de os títulos ficarem sob gestão terceirizada, pagando taxa de administração. Para montar essa carteira, a fundação contratou a administração fiduciária do Bradesco em junho de 2007, que faz o compliance da carteira própria e, segundo Rangel, oferece maior segurança operacional. Agora, a Fibra usa a plataforma de negociação e cotação da CetipNET para a compra de títulos públicos, que correspondem a R$ 905 milhões do patrimônio de R$ 1,5 bilhão (dado de 14 de novembro) do fundo de pensão.