Edição 69
O mercado de gestão de recursos conta com mais um participante, a West LB Asset Management do Brasil, controlada pelo banco alemão de mesmo nome (terceiro maior daquele país). Embora pouco conhecido no Brasil, o West LB já tinha presença no mercado nacional desde 1991, ano em que adquiriu o controle do Beal – Banco Europeu para a América Latina.
Internacionalmente, o West LB é focado em operações com empresas globais e, no Brasil, mantém relacionamento com 150 grandes corporações. Segundo o responsável pela nova asset, André Reis, internacionalmente a área de gestão de recursos responde por US$ 30 bilhões. Os planos para montagem da administradora datam do início do ano, mas o ponta-pé inicial foi dado no dia 13 de outubro último, com o lançamento de uma família de quatro fundos: um renda fixa conservador, um de derivativos, um cambial e um DI que pode investir em papéis privados.
Segundo ele, a West LB do Brasil já administra cerca de R$ 450 milhões, sendo parte oriunda de FACs de outras instituições, que investem nos seus FIFs, e outra parte herdada de operações que o Beal fazia para grandes empresas. Desse total, informa, cerca de R$ 50 milhões são recursos de fundos de pensão. A West LB internacional também faz a captação de recursos de investidores estrangeiros para o mercado brasileiro, que por enquanto são geridos por outras instituições.
O próximo passo da administradora é o lançamento de dois fundos de renda variável, para completar sua linha de produtos. Um deles é indexado ao Ibovespa, e o outro tem como meta superar o índice.
Para diferenciar-se no mercado, esses fundos vão se utilizar de uma carteira que terá até 20% em ações e o resto em derivativos. De acordo com Reis, isso amplia as possibilidades de rentabilizar o fundo, uma vez que pode se valer das melhores opções dentro dos dois mercados. “Nossa expertise não está em ações, está em análise quantitativa e no timing, na agilidade de utilizar os instrumentos do mercado”, explica.
Por isso, esses dois fundos de renda variável, na verdade, são dois FIFs, regidos pela legislação do Banco Central. Os fundos de ações, regulados pela CVM, exige que pelo menos 66% do patrimônio seja aplicado em bolsa, reduzindo portanto o espaço para operar derivativos. “A legislação do BC permite explorar melhor os mercados”.
Os planos de crescimento da West LB para o ano que vem incluem a contratação de uma equipe comercial voltada a investidores institucionais, a partir de janeiro.