Tudo pronto para a votação | A menos de 15 dias da eleição da Abr...

Edição 109

Mesmo em meio a tantas mudanças de ordem jurídica e tributária, os dirigentes de fundos de pensão estão atentos às eleições da Abrapp, prevista para ocorrer entre nos dias 17 e 18 de dezembro, e de olho nas propostas dos presidenciáveis Carlos Duarte Caldas e Fernando Pimentel. Grande parte das fundações acompanha a movimentação eleitoral via Internet ou em reuniões com outras entidades.
Segundo Sérgio Buzzi, assessor administrativo da HeringPrev, fundo dos funcionários da empresa têxtil Hering, o que se espera da nova gestão é que se mantenha a briga pelo diferimento do imposto de renda e se faça um trabalho de divulgação da importância da complementação previdenciária pelos fundos de pensão.
“A Abrapp tem dois bons nomes. Qualquer que for o escolhido, a associação vai estar em boas mãos”, comenta Carlos Roberto Vasconcelos Novais, diretor superintendente da Desban, fundo do banco BDMG. Novais vai além nos elogios e considera difícil a escolha. “Caldas fez um excelente trabalho à frente da associação, enquanto Pimentel conta com enorme experiência e vivência. Além disso, os dois têm propostas muito semelhantes”, conclui Novais. Para o dirigente, é difícil antecipar a preferência dos dezoito fundos mineiros, já que as fundações não “abrem” seus votos, e tanto Caldas quanto Pimentel “foram muito bem-sucedidos nos encontros que realizaram no Estado.
Não acompanhar mais atentamente as discussões em torno das propostas dos candidatos acaba, muitas vezes, dificultando a escolha da fundação. Esse é o caso do fundo de pensão da multinacional do ramo farmacêutico Pfizer, cujo diretor Fábio Morata admite falta de conhecimento das propostas das chapas para assumir, com mais segurança, uma posição. Dos 290 fundos associados, 230 estão inscritos para a votação eletrônica.
As dúvidas ainda são muitas. Há dirigentes de fundos que externam sua preferência por Caldas por achar que, em um momento tão delicado para as entidades de previdência complementar – uma referência à cobrança do Imposto de Renda prevista na MP 2.222 – , seria melhor dar continuidade ao trabalho do atual presidente. Por outro lado, existem aqueles para quem renovação é palavra de ordem. Discordâncias à parte, os dirigentes não abrem mão da exigência de que a nova gestão lute para afastar, definitivamente, o leão que há 18 anos ronda o sistema.