Para Caldas, propósitos foram alcançados

Edição 44

A atual gestão da Abrapp tem desempenhado um papel importante dentro do sistema, avalia Carlos Duarte Caldas, superintendente da Fundação Francisco Martins Bastos (Petróleo Ipiranga) e também diretor da associação, que concorre à sua presidência como candidato da situação. Ele conta com o apoio do atual presidente, Nélson Rogieri. “Os propósitos para o qual essa diretoria se elegeu foram alcançados. Houve a profissionalização da Abrapp, a melhora na área de treinamento, que foi descentralizado para todo o Brasil, e a assistência às entidades menores”.
Ele pretende continuar e aperfeiçoar o trabalho já iniciado pela atual diretoria, como é o caso da campanha iniciada na gestão de Rogieri, para trazer o recolhimento do FGTS para os fundos de pensão. Considera essa uma idéia importante, que contribuirá para o fortalecimento do sistema. “Há dois anos o Nelson iniciou esse trabalho, que hoje conta com a simpatia de gente de fora da Abrapp, como na Febraban e na Bolsa de Valores de São Paulo, por exemplo”, explica. Segundo Caldas, a proposta também foi levada ao ex-ministro do Planejamento, Antonio Kandir, e ao ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.
Segundo ele, a Abrapp deve se antecipar aos problemas que podem vir com a questão da imunidade tributária, levando uma visão técnica do problema à sociedade. “Existe o medo de que a situação internacional possa fazer com que o governo aperte o Supremo para uma decisão rápida quanto à imunidade”, acrescenta.
Com relação à 6.435, Caldas acredita que não deve ser revogada, mas sim aperfeiçoada. “Sei que o mundo é dinâmico, e que as coisas as vezes têm que ser mudadas, mas não se conseguiria fazer um instrumento com aquela qualidade”.
Sobre a organização interna da entidade, Caldas acredita ser mais operacional submeter o Sindapp e o ICSS à Abrapp. “O Sindapp tem seu papel, mas às vezes esse papel é trocado. Também acho que é positivo o ICSS ficar com a parte de treinamento, mesmo porque existem benefícios fiscais, mas sem ter um presidente e um orçamento específicos”, opina. Isso baratearia os custos da associação. Ele também defende um enxugamento nos seus quadros, resultando em treinamentos mais baratos para as entidades. “Conseguimos descentralizar o treinamento, mas eles ainda são muito caros”, diz.
Outro ponto que pretende aprimorar é o trabalho das comissões técnicas. “Acho que elas são importantes, mas deveríamos repensar a forma de trabalho, que gera custos e poucos resultados práticos”, conclui.